VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (13)
Nesta quinta, a Vivência Mediúnica se debruça sobre a ARTE e sua importância para todos.
VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (13)
Muitas são as vivências oportunizadas pelo intercambio espiritual, que nada mais é que uma forma de comunicação entre pessoas, cujos espíritos encarnados ou não se predispõe a estabelecer um diálogo.
Histórias contadas e contextualizadas levam à uma formação rápida de imagens, associações com questões emocionais, deslocando, nem que por um breve tempo, nosso raciocínio para a atividade, pois a leitura é uma forma de escuta, ler e “ouvir” o autor ao tempo em que nossas próprias impressões, se formam e transformam.
Muitas paisagens são delineadas no umbral, que é mais vasto do que a maioria de nós imagina, abrigando não somente locais de sofrimento e de atendimento, mas também paisagens de beleza indefiníveis, onde manifestações artísticas variadas tem sua expressividade.
Precisamos da arte, do belo, do sutil para alimentar nosso self, sendo esses momentos de conexão importantes para nos lembrar de quem realmente somos: filhos da LUZ, da inteireza, do bem.
No intercambio mediúnico, atuamos muitas vezes como terapeutas, auxiliando no processo de modificação das paisagens mentais dos pacientes, e, por isso mesmo, é importante para todos nós a compreensão desse processo.
Seguem trechos da apresentação de um livro que recomendo aos que se interessam pela arte como ferramenta terapêutica, onde observaremos muitas analogias ao nosso trabalho:
Título: ARTE, NEUROCIÊNCIA E TRANSCENDÊNCIA |
Autor: CELESTE CARNEIRO |
Editora: WAK EDITORA |
ISBN: 978-85-7854-099-9 |
ARTETERAPIA
A “arte” como expressão do ser humano, acompanha há muitos milênios a nossa evolução, das variadas espécies de primatas hominais até o homo sapiens atual, passeando pelas paisagens de cavernas com pinturas rupestres até as mais variadas formas de expressão artística hight-tech.
Das pinturas e papiros aos livros, do livro de papel ao virtual, das belas telas em museus aos muros das cidades, dos cânticos e instrumentos rudimentares, até os mais sofisticados aparelhos sonoros, imagens estáticas ou movimentando-se em filmes que já chegam com tecnologia em 3D, esse nosso terceiro milênio já vivenciado é caracterizado pela rapidez de comunicação e pela facilidade de acesso.
Podemos acessar ao antigo e ao novo, sem a ambos desvalorizar. Globalizados, nos acostumamos, duramente ou suavemente, com uma relativa instantaneidade de informações, de opiniões não necessariamente compartilhadas, de novos conhecimentos, não necessariamente úteis, e que abrem um amplo espectro de escolhas, ampliando nossas liberdades e com isso, nossa responsabilidade.
Nas gerações mais jovens, com muitas redes de compartilhamento, na era dos blogs e twiters observamos essa necessidade de expressarem-se, de sentirem-se numa rede, de pertencerem a uma nova era. Desse inconsciente ainda turbulento e com mudança de inúmeros paradigmas, do individual ao coletivo, vimos dogmas caírem e surgir várias teorias, muitas delas percorrendo caminhos paralelos, outras tão divergentes quão interessantes, sendo que esta diversidade do pensamento nos enriquece, quando acompanhada pelo respeito e tolerância.
O ser inquieto procura a quietude, pacificado se fortalece para o novo, prepara-se para a próxima inquietude, daí ciclicamente até ao mais próximo da perfeição, ele vai aprendendo.
Essa necessidade do ser ouvido, do ser visto, relatar emoções e sensações, traduz o desejo do desvelar-se, desse inconsciente vir à tona. Procura um pertencimento, ao mesmo tempo que se vê como único. E como isto é observado nas manifestações artísticas, cujo poder terapêutico nem sempre observado como tal, é evidenciado em trabalhos sociais diversos e ONGs, apoiados no trabalho com a arte.
Nossa pulsão evolutiva nos leva a descobertas incessantes, e o Inconsciente tão rico quanto desconhecido até ser Consciente, vai se manifestando em ritmos diversos, acompanhado de emoções, sensações, imagens e pensamentos, algumas vezes fragmentados, e de tradução ou de transdução difícil.
As Ciências no geral, e mais particularmente na física e medicina, chegando até às neurociências, já atribuem à Consciência, a importância que merece, daí a valorização da Arteterapia, instrumento maravilhoso de acesso ao inconsciente.
Boa semana e, MUITA PAZ PARA TODOS NÓS!
Francesca Freitas
20/10/2010