VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (2)

29/07/2010 01:25

Como prometido, retomemos o tema da última quinta-feira. Hoje, temos uma história muito interessante colhida numa comunicação no nosso atendimento espiritual da quinta-feira.

Que estas histórias sirvam de aprendizado para as nossa vidas.

Acompanhem.

 

 

VIVÊNCIAS  MEDIÚNICAS (2)

 

Já próximos do encerramento da primeira etapa da reunião, a médium ao meu lado, evidenciou sinais que captava um espírito no seu campo vibratório, recebendo inicialmente emoções e sensações de tristeza, sofrimento e confusão mental.

Ela foi, aos poucos, visualizando o local onde esse espírito estava, semelhante a um charco escuro, envolto numa névoa acinzentada.

Na tela mental que se estende em muitos dos trabalhadores da mediúnica, visualizei, nesse ambiente, uma senhora com um aspecto quase aterrador: era uma figura pequena e encurvada, envolta em mantos escuros, inclusive cobrindo, em parte, seu rosto.

Esta senhora percebeu minha presença com estranheza, já inquirindo mentalmente porque não ocorria de a chamá-la de bruxa ou a achacava como os demais, que até pedra lhe atiravam!

Conseguindo me aproximar mais dela percebi que carregava uma espécie de sacola escura, com algum objeto arredondado dentro, que prendeu ao colo para proteger.

A espiritualidade evidencia seu trabalho, a névoa do ambiente ia desvanecendo e já se via, mais claramente, o rosto da Sra. MH com muitas cicatrizes e rugas, e no olhar: revolta, tristeza e vazio se intercalavam.

MH não tinha nenhuma percepção de seu estado, vagando em locais à esmo, suas memórias falhavam.

Envolta em amorosidade, fomos dialogando, quando relatou suas lembranças.

Estava casada, não há muito tempo, com seu grande amor (Sr. G.), e viviam felizes, a despeito do trabalho duro com a criação de pequenos animais nos arredores de uma vila no interior (tive a intuição de ser um vilarejo no interior da  França, na Idade Média).

A “peste”  chegou, com ela adoecendo primeiro que ele. Teve tanta febre que não lembrava de muitos fatos ocorridos. Foi cuidada por Sr. G às escondidas, pois muitas pessoas, com tantas feridas como ela, eram levadas à floresta, ou tinham a morte apressada, sendo queimadas ou logo enterradas, evitando a propagação da doença.

Contudo, não bem melhorou, seu amado adoeceu, e veio logo a falecer, saindo literalmente tresloucada até percorrer as ruas do vilarejo em busca de socorro!

Deste fato, lembra que não a deixaram ser enterrada com ele, como queria. Passou então a sentir raiva de todos que a afastaram do seu amor, e que ainda a tratavam como “louca”.

Depois de algum tempo, conseguiu descobrir onde ele estava, e desenterrou seu crânio, pois assim não se afastaria dele “nunca mais”.

Promessa feita, vivia desde então assim, passando muitos anos com sua relíquia perto do coração. A relíquia daquele que a salvou e que, no entanto, a morte o apartou dela. 

Eu percebia sua revolta e a sua dificuldade de raciocinar claramente, pois havia nela, também, a culpa de não ter “salvado” o amado. Seu único consolo era um objeto, para ela sagrado, que levava na sacola, um velho crânio envolto em andrajos.

Ao longo da nossa conversa seu rosto ia aos poucos se modificando, e eu já conseguia segurar sua mão.

A presença de um espírito muito amoroso me orientando foi fortalecendo sua confiança e ela acabou por aquiescer em sair daquele local.

Deveria deixar a sacola e andar, cruzar um campo verde e belo, onde se delineava ao longe a figura de um jovem adulto. Depois de pouco tempo identificou o seu marido, que a abraçou.

Terminada a comunicação, estávamos, eu e a médium, as lágrimas de emoção!

A todo tempo, o Sr. G esteve ao nosso lado, participando, dentro das suas possibilidades, do processo de esclarecimento.

Nessa noite e em algumas outras, encontrei essas mesmas pessoas, permitindo que a história fosse se revelando, aos poucos, com mais detalhes.

Que linda história de amor, quanto aprendizado...

E para encerrar essa semana, com esse relato motivador, retomo um dos temas da semana anterior: do porquê da escolha do acolhimento em detrimento do afastamento (do “botão desliga”)!

Posteriormente refletiremos sobre  a patologia psíquica nesse caso.

Paz para todos nós.

 

Francesca Freitas

27/07/2010

 

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