VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (1)

21/07/2010 22:59

Dia de quinta feira, o nosso Blog também propiciará uma reflexão, um mergulho para a alma.

Neste primeiro contato da quinta, o Grupo de Estudo André Luiz, através de sua coordenadora, decidiu fazer o texto em forma de crônica, retomando, pelo menos por enquanto, parte do tema na próxima semana. Nesta metodologia inicial, todo o Grupo buscará sensibilizar todos os leitores para as questões desenvolvidas neste blog.

 

VIVÊNCIAS  MEDIÚNICAS (1)

 

É sempre interessante o trabalho mediúnico, o conhecer novas pessoas, afinal espírito desencarnado é uma pessoa, como nós mesmos, contudo com um corpo mais sutil.

O corpo físico, para uns um fardo, para outros uma bênção, traz em si mesmo questões a serem vivenciadas no momento encarnatório. É preciso cuidar, alimentar, banhar, vestir, deslocar, manter, trabalhar pela subsistência, construir, descansar, acordar e dormir, e etc......... Esse azáfama diário que muita vezes nos afasta um pouco das grandes questões emocionais, tem sua magnitude mais evidenciada no desencarne, ou em algumas situações peculiares e transitórias quando em desdobramento.

O perispírito é também um corpo, e ainda que de matéria mais sutil, possui densidade, sendo esta muito variada, pois expressa a evolução do espírito. É com esse corpo-perispírito, que ele - o espírito: pensa, desloca-se, alimenta-se,  trabalha, descansa e sonha.

Sem algumas das obrigações e limitações impostas pelo estado do corpo físico, no desencarnado (por sinal bem vivo!)  há uma maior propensão às vivências emocionais, à amplificação de alguns sentidos em detrimento de outros,  ao estar consigo mesmo. Com sensações ampliadas, muitos chegam à outra dimensão como viajantes em terra estranha, desconhecendo este destino a que foram levados pela sintonia de suas próprias vibrações. E como todo ser que ignora, que desconhece e até teme uma situação nova, busca em antigos conceitos e vivências pretéritas as ferramentas para situar-se nesse “lugar”.

As reações são tão diversas, que não poderia enumerá-las de pronto. Muitos reencontram familiares, conhecidos e amigos, e ainda assim, por não aceitar essa condição diferente, que pensam ser completamente nova (não lembram que já desencarnaram antes!), ignoram os chamados, fogem da atenção de benfeitores amigos, e também fogem dos “mortos e dos fantasmas”, de espíritos vadios e de inimigos do pretérito!

Lembremos dos 8 anos que André Luiz passou perambulando em paisagens umbralinas mais densas, e com a assistência de não menos que um Ministro de Nosso Lar. 

Por isso é de extrema importância, estarmos todos nós espíritas, atentos ao  cuidado com o “outro”, esclarecendo com amorosidade, com paciência, às vezes com firmeza - sempre respeitosa, à essas pessoas que numa condição energética diferente e até então “desconhecida” chegam até nossos grupos terapêuticos mediúnicos.

Com a mesma amorosidade também devemos esclarecer aos encarnados que adentram num Centro Espírita, em busca de um atendimento espiritual. Muitos chegaram como eu mesma, após séculos de conceitos fechados e dogmáticos, de religiões sem religiosidade, com uma visão completamente mecanicista e até mesmo simplista das relações espirituais.

Devido a algumas filosofias e religiões antigas, houve uma tendência de atribuir à outra pessoa ou ser, a causalidade de todo e qualquer infortúnio, por isso mesmo, é muito freqüente esta motivação para a procura de tratamento espiritual.

Alguns dispensam à nós, espíritas, um poder que não temos, como se fôssemos miraculosos, ou até mesmo tão pragmáticos e eficientes que detectaríamos onde fica o botão “desliga”, e aí todas as mazelas automaticamente desapareceriam, desligaríamos um espírito, um obsessor um encosto. Mas..........encosto é de cadeira, obsessivo é todo pensamento fixado numa mono idéia repetitiva, e espíritos somos nós!

E ainda que pudéssemos desligar ou ligar esse botão, atado a ele estaria uma pessoa, um espírito, que poderia estar numa das condições acima citadas, seria isto caridade............

Posteriormente vamos estender esse tema.

Caro leitor, situados como humanos a caminho da transformação, progredindo sempre, vamos procurar vivenciar nossos dias com mais reflexão, elevando o pensamento ao alto, pois não somos desamparados!

Há tanto AMOR no universo!

Boa semana para todos.

Francesca Freitas

18-07-2010.

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