A ARTE DE SER FELIZ (Continuação)

26/10/2015 18:08

Esta semana, no Momento de Luz, Madalena continua a compartilhar a história de Patrício. Uma comovente história na qual um espírito reconhece suas necessidades e investe no seu crescimento espiritual, enfrentando grandes desafios.

Será que cientes de nossos planejamentos para a vida material seria mais fácil vivenciar as vicissitudes da existência terrestre? Parece a solução, mas será que temos maturidade para compreender os motivos deste planejamento, uma vez que a nossa consciência como encarnados não é tão ampliada como na vida imaterial?

Boa Reflexão!

Andréa

 

 

A ARTE DE SER FELIZ (Continuação)

 

“Sabe, querida Madalena, precisei-me impor uma vida difícil pois muito precisava aprender. Não fui flor que cheirasse. Caminhei pela penúltima vida, assim como nas anteriores, debatendo-me nas lições de amor ensinadas pelo Cristo e agredindo a mim mesmo e aos que comigo conviviam. Logo, se fez imprescindível vivenciar o amor. Amor? Pode questionar. Como uma vida recheada de solidão e intempéries pode ser experiência de vivência do amor? Responderei com alegria.

Só lhe contei uma parte da minha história.

Um dia, ainda menino, retornando para casa, encontrei uma luz brilhante e a segui. Levou-me diretamente ao amor do Cristo. Vinha de uma sala pequenina, de uma casa mais pequenina ainda, onde, aglomerados, um grupo se reunia para ouvir as palavras do Cristo.

Durante esta vida que descrevi, este era o único lugar que me acolhia e oferecia-me afeto. Reuniam-se uma vez por semana, no finzinho da tarde e suas preces eram ouvidas pelo caminho de luz que construíram até Deus. Lá encontrei abrigo para as minhas angustias e dores. O cristo falou comigo e, pela primeira vez, eu ouvi como nunca havia feito antes na vida material.

Parecia improvável que minhas dores trouxessem resiliência, pois sempre vivenciei a revolta e a ira, mas não desta vez. Elaborei, juntamente com amigos que muito me conheciam, uma vida na qual a palavra de Deus seria a minha única companhia e salvação.

Pode parecer assustador e até cruel, mas em muitas outras vidas havia tentado progredir com apoio, carinho e atenção e não consegui. Não aproveitei destes presentes para auxiliar-me no meu desenvolvimento. Pelo contrário: magoei, explorei, agredi. Desta vez não quis cometer os mesmos erros.

Ciente da necessidade do crescer, busquei alternativas, estratégias para fazer acontecer. Infelizmente, nem sempre um espírito sabe aprender com o amor recebido. Cabeças duras precisam vivenciar o sofrimento para aprenderem a valorizar o que recebem de mais valioso e bonito: o amor do criador, fonte inesgotável do amor que deve ser vivenciado e compartilhado.

Consegui. Vivenciei o amor. Ancorado nas palavras do Cristo, não me entreguei a revolta e nem a ira. Caminhei fervoroso, acreditando que algo muito melhor me esperava e segui em frente na luta diária pelo progresso, desenvolvendo meu “lado bom” e construindo um novo caminhar na minha verdadeira vida.

Entende agora porque quero integrar uma expedição de resgate? Quero oferecer ao outro todo amor que recebi. Quero compartilhar minhas experiências e ajuda-los em sua caminhada, fortalecendo-os para que enfrentem as vicissitudes que vivem e encarem o caminhar do progresso”.

Mas nada havia o que dizer. Abracei-o, comovida. E desejei-lhe boa sorte, deixando-o encabulada pela minha concepção pré-concebida. Tempos depois o encontrei partindo para a décima segunda expedição. Emendava uma na outra, não deixando o trabalho que tanto almejou. Estava feliz e realizado. E desta vez, cheia de palavra, agradeci pelo grande aprendizado.

Espero ter mais momentos ricos como este. Um grande abraço.

Madalena.

27.09.15

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