A CASA DO CRISTO

19/04/2012 17:10

 

A mensagem de hoje fala sobre a Casa do Cristo, com Samuel retornando a sua narrativa.

Um narrativa extremamente relevante para compreendermos que, em que pese estes grupos de apoio, que se formam nos cantos do mundo, empenharem suas habilidades em prol do coletivo, não devemos esquecer de cuidar dos processos individuais de cada membro, amparando-se mutuamente.

Neste aspecto, o relato de hoje nos lembra que o Estudo é fundamental para o colher da luz do conhecimento que fortalece e direciona, possibilitando o progresso individual do trabalhador espírita.

Estejamos fortalecidos para o encontro conosco mesmos.

Muita luz para todos.

 

 

A CASA DO CRISTO

 

Esta semana Samuel retoma a narrativa sobre a Casa do Cristo. Grupo de acolhimento no qual a equipe a qual pertence está vinculada para desenvolvimento de trabalho edificante.

 

“Em sociologia, um grupo é um sistema de relações sociais, de interações recorrentes entre pessoas. Também pode ser definido como uma coleção de várias pessoas que compartilham certas características, interajam uns com os outros, aceitem direitos e obrigações como sócios do grupo e compartilhem uma identidade comum — para haver um grupo social, é preciso que os indivíduos se percebam de alguma forma afiliados ao grupo.” (wikpédia).

 

O grupo, apresentado por ele, reúne-se com o objetivo de amparar e ensinar aos pequeninos do Cristo.

 

“Uma Casa Espírita é uma escola onde podemos aprender e ensinar, plantar o bem e recolher- lhe as graças, aprimorar-nos e aperfeiçoar os outros, na senda eterna.” (Emmanuel – trecho do texto O centro Espírita, publicado na revista Reformador, janeiro de 1951 – Ed. FEEB).

 

A comunidade, sentindo-se acolhida, abraça a ideia e aceita participar do grupo que cresce, amplia-se.

 

A Casa Espírita realizará o mister de transformar-se na célula viva da comunidade onde se encontra, criando uma mentalidade fraternal e espiritual das mais relevantes, porque será escola e santuário, hospital e lar, onde as almas encarnadas e desencarnadas encontrarão diretrizes para uma vida feliz, e, ao mesmo tempo, o alimento para sobreviver aos choques do mundo exterior. (Divaldo Franco – livro Dialogo com Dirigentes e Trabalhadores da Casa Espírita- FEEB ).

 

Conectados com Deus, através da oração e da reflexão sobre a leitura do Evangelho, atraem boas energias que revigoram e inspiram a prática da Lei do Amor ensinada por Jesus.

 

Quando se abrem as portas de um templo espírita cristão ou de um santuário doméstico, dedicado ao culto do Evangelho, uma luz divina acende-se nas trevas da ignorância humana e, através de raios benfazejos desse astro de fraternidade e conhecimento, que brilha para o bem da comunidade, os homens que dele se avizinham, ainda que não desejem, caminham, sem perceber, para a vida melhor”. (Emmanuel – trecho do texto O centro Espírita, publicado na revista Reformador, janeiro de 1951 – Ed. FEEB).

 

Unidos, o grupo de apoio empenhou suas habilidades em prol do coletivo. Porém, não se esqueceram de cuidar dos processos individuais de cada membro, amparando-se mutuamente. Entregues ao estudo, colhiam a luz do conhecimento que fortalece e direciona.

 

O Centro Espírita será o que dele fizerem os homens, seguidores da Doutrina, que precisam estar sempre atentos aos seus princípios. (Juvanir Borges de Souza- Trecho do texto A Casa Espírita, publicado na revista Reformador, julho de 1992- Ed. FEEB).

 

Lembremos que o grupo espírita é constituído por trabalhadores e acolhidos, todos irmãos, iguais, em busca do aprimoramento espiritual que eleva, guiando-nos a Deus. A cada encontro, ensinamos e aprendemos uns com outros.

 

Boa reflexão!

Andréa

  

A primeira reunião na Casa do Cristo aconteceu dois dias depois da nossa chegada. Reuniam-se pessoas de toda a redondeza. No inicio, somente a comunidade vizinha participava, depois, com o desenvolvimento dos trabalhos, foi se aglomerando cada vez mais pessoas.

 

Vinham de toda a parte, até de bairros mais distantes. O que atraía os indivíduos era a amorosidade do acolhimento, as palavras de conforto e carinho, o desenvolver de temas que atingiam diretamente o coração, o conforto as aflições do dia-a-dia e a compreensão das dores humanas.

 

A dor, de cada ser que lá chegava, era ouvida, compartilhada, refletida em suas causas e funções e trabalhada de forma a impulsionar e não o fazer desistir do grande desafio de viver.

 

Reuniam-se no grande salão e se entregavam às orações. Está conexão com Deus atraía a presença de bons espíritos que se juntavam ao grupo de apoio espiritual da casa num grande aglomerado a produzir luz, iluminando o ambiente e os que chegavam, favorecendo, assim, os trabalhos desenvolvidos na noite.

 

Era um grupo forte, perseverante, que enfrentou mil e uma dificuldades para manterem-se juntos, unidos, encarnados e desencarnados, com o objetivo comum de fazer o melhor, contribuindo com a evolução individual e coletiva, de si e do próximo.

 

Espíritos pouco evoluídos, presentes na carne ou não, também chegavam, em número cada vez maior, em busca de auxílio. Uns vinham sós, percorrendo o caminho da luz que despontava em sua frente, um convite a percorrê-lo. Outros eram trazidos pelos espíritos selecionadores que identificavam e, também, após trabalho duro de preparação, os que estivessem preparados para um atendimento daquela ordem.

 

Caravanas espirituais partiam de postos de socorro próximos para encaminhamento de irmãos que precisavam de atendimento e orientação. Naquela casa, todos eram atendentes e trabalhadores, pois contribuíam energeticamente e em aprendizado, por troca de experiências, contribuindo, ambos, com as reformas intimas necessárias ao adiantamento.

 

Rute, após horas de escuta individual, reunia-se ao grupo em oração e compartilhava com eles da luz do conhecimento. Liam o evangelho e refletiam. Pensavam, juntos, sobre maneiras de se fazer diferentes. A proposta final era sempre o entendimento que se fazia preciso modificar pensamentos, emoções e atitudes que não condiziam com as leis de amor ensinadas pelo o Cristo.

  

Buscavam inspiração divina para as lições do dia. Muitos ficavam surpresos com o direcionamento da reflexão da noite para sua causa individual e, sempre, condizente, também, com as causas coletivas.

 

Deixavam o encontro mais leves, mais otimistas, mais corajosos em enfrentar as adversidades com as quais a vida os presenteava. Aprendiam juntos que o que acreditavam ser mal se desabrochava em luz e esperança, conduzindo-os a um novo caminho.

 

Quando o ultimo visitante saía, o grupo de apoio se deixava ficar em oração, agradecendo o trabalho da noite e preparando-se para mais uma jornada no outro dia. Estes encontros de preparação aconteciam antes e depois das atividades.

 

Rute fazia questão de reforçar, diariamente, aos companheiros que o trabalho começava ali, que eles encontravam-se na mesma situação dos outros, necessitados de luz e transformação. Por isso, não se negava a atender cada um de seus membros.

 

Observava-os, como a todos outros que lá chegavam, identificando suas necessidades de escuta, orientação e apoio. Deixava-se, também, precisar e acomodar-se nos braços dos amigos, nas horas de duvidas e aflições, reconhecendo-se humana e, portanto, também um espirito em processo de evolução.

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Samuel

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