A VISTA DO MEU PONTO
Que tal pararmos um pouco o que estamos fazendo para Agradecer, simplesmente agradecer.
Que esta maravilhosa crônica, trazida pelo Momentos de Luz, nos dê colo, embale nossos momentos, alegre nossos sonhos, empreste fé e esperança a Vista do nosso Ponto.
Que sejamos capazes de firmarmos pés e fazermos morada dentro 'do Nosso Ponto'.
A VISTA DO MEU PONTO
Por José Wanderley Dias.
Obrigado, Senhor, por Tudo,
Por esse mundo incomparável de pequenas coisas,
De grandes coisas...
Obrigado Senhor, menos que falamos mais pelo que fomos ouvidos...
Obrigada, pela crença que anima e explica, mas também pela dúvida honesta que leva a estudar e a aprender mais...
Obrigado, Senhor, porque fomos e somos livres
e, só assim pudemos entregar-nos e ser de alguém
de alguma idéia, de algum sonho...
Obrigado pelo que nos disseste
nas ondas do mar
nas nuvens e no vento
e no silêncio das profundas meditações!!!
Obrigado pelo que passou e pelo que veio,
pelo que ficou e pelo que virá
pela continuidade eterna dos tempos e das eras
e por aquilo que ficou tão marcado no instante,
no momento e no segundo...
Obrigado, Senhor, por aquilo que, sendo passageiro permaneceu,
por aquilo que, sendo permanente, teve duração...
Obrigado pela sede que deu gosto à água
pela fome que deu sabor aos alimentos
pela saudade que não deixou o passado passar
pela esperança que fará o futuro chegar...
Obrigado pelos perdões, pelos entendimentos,
pela solidariedade e pela compreensão
e pelo sentimento imenso que há em não sermos entendidos...
Obrigado pela calma e pelo ardor
pela serenidade e pelo elã,
pela mocidade e pelos cabelos brancos,
pelo além e pelo aquém
pelo lá longe e pelo aqui perto,
pelo "agora" e pelo "não mais",
pelo sempre e pelo nunca
que compuseram a grande história do existir
na mais pequenas de todas as vidas...
Obrigado, Senhor,
pelo cansaço honesto que trouxe o sono,
pelo despertar que levou o sono
pelo sonho que foi apenas sonho
e pelo sonho que deixou de ser sonho...
Obrigado, Senhor, pelas tentativas de Sermos Um,
Sem deixarmos de Ser Cada Um,
pelas uniões que não despersonalizaram,
pelas alianças de pessoas que continuaram pessoas...
Obrigado, Senhor,
pelas reconciliações e pelos arrependimentos,
pelas angústias e pelos consolos,
pelas lágrimas que balsamizaram
e por aquelas que não quiseram deixar que a dor
fosse seca e árida como desertos...
Obrigado pelo que entendemos
e por tudo aquilo que fomos pequenos demais para entender,
justamente por que nos consideramos totalmente grandes...
Obrigado, Senhor,
pelos tempos que passam, pelos tempos que chegam
pelos tempos que virão,
por amanhã, por hoje tanto quanto
por aquilo que foi ontem...
Obrigada, Senhor, por que tentamos Ser...
Obrigado, Senhor, acima de tudo
porque podemos dizer-te apenas e tudo isso:
OBRIGADO, SENHOR!!!
José Wanderley Dias
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