AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO
O texto de hoje nos alerta para impossibilidade de amar o próximo sem antes darmos a oportunidade de amar nós mesmos.
Aproveitem o texto da nossa colaboradora das Quartas-Feiras, Beth Icó.
AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO
Nas minhas reflexões sempre volto a este tema: “Amar ao próximo como a mim mesma”...
Ai me pergunto: Quem é meu próximo? E eu me amo?
Meu próximo são todos os seres, todas as criaturas que passam pela minha vida e também os que não conheço, são os abastados e também os menos abastados, sem distinção de raça, cor, ideais e religião. Ou seja, para reconhecê-lo como meu próximo tenho que deixar o preconceito de lado.
Aí vem outra pergunta:
Eu sou preconceituosa?
Como trato o servente, o ascensorista, o meu chefe, o chefe do meu chefe, ou o gari da rua onde moro, trato a todos igualmente, ou faço distinção no tratamento? Como me dirijo às pessoas na rua, nos restaurantes, nos transportes, no trânsito?
Qual a minha postura diante da atitude dos outros?
Como me porto?
Fico julgando a todos, sou tolerante, pacífica, amorosa para com aqueles que ainda caminham nas trevas da ignorância ou não comungam com as minhas idéias?
Quem é o meu próximo mais próximo?
Desses não posso esquecer mesmo, uma vez que estão ao meu lado constantemente, e meu comportamento para com eles requer muito mais tolerância, paciência e amor...
São a minha família, são aqueles que trabalham em meu lar me proporcionando bem estar, para que possa executar as minhas atribuições diárias com mais tranqüilidade; são os meus vizinho, colegas de trabalho e outras tantas pessoas que vejo com freqüência.
Por estarem tão perto, será que eu os estou enxergando, ou apenas vejo-os passar pela minha vida, sem lhes dar a atenção e carinhos possíveis?
Quantas vezes demonstro meu prazer em estar com eles, gratidão em vê-los e em poder participar das suas vidas?
E a minha conclusão é sempre a mesma, para amar é necessário me amar.
E me amar é ter paciência, tolerância comigo mesmo, é ser pacifico nos atos e atitudes diárias, é buscar antes de tudo a paz interior, no silêncio do coração, onde habita o Deus Interior de cada um de nós.
Para vivenciar essa paz, é preciso querer encontrar-me, perceber-me, conhecer-me, agir ao invés de reagir, e permitir que o Cristo fale e aja através de mim, pois, assim, poderei amar a todos indistintamente, levando a paz e o amor do próprio Cristo nas minhas ações diárias.
Poderia escrever muitas palavras, frases, reflexões sobre essa pequena frase, porque o assunto não se extingue, mas deixo a cada um apenas o apelo de pensar um pouco a respeito, e a certeza de que para mudar é necessário dar o primeiro passo. Neste primeiro passo, Jesus, o Grande Mestre, nos deixou um manancial de ensinamentos que nos leva à conduta correta, à verdade, à paz e ao amor, se quisermos seguir com ele o caminho da autotransformação.
Maria Elisabeth Dias Icó Aprile