AVES DO CÉU
Nesta nova semana convidamos todos a ouvirem o som de Deus pela ação dos pássaros.
Paremos um pouquinho as nossas preocupações e estejamos atentos à poesia da vida que nos cerca.
Encaremos a vida, portanto, com a beleza que ela tem e oferta para todos nós.
Uma semana de muita beleza para todos.
AVES DO CÉU
La nos céus do mato verde
Passavam aves voando
Seu belo canto chamando
Parceiros para acasalar.
Na parede da varanda
Fazia o ninho bela espécie
A andorinha não esquece
De como se faz um lar
Trabalhador dedicado
Do alvorecer ao ocaso
Não parecia ter cansaço
Na construção de seu ninho
Trazia lama no bico
Entremeada de fibra
Que seu intelecto vibra
Pela cama do filhinho
Ao longe o João de barro
Consertava a residência
Pois com sua persistência
Reforma a casa anterior.
Por que a água da chuva
Derreteu um pouco o barro
Mesmo em formato bizarro
Fez construção superior.
O bem-te-vi na mangueira
Olhava firme no céu
Seu ninho ficava ao léu
Rapinas eram mais fortes.
Pequeno mas destemido
Comandava seu destino
Voando sobre o intruso
Dando bicadas nas costas
Rompe o dia lá no mato
Compondo uma melodia
Saudando o novo dia
O canário no salgueiro.
Canto potente e profundo
Repicava seu trinado
Era uma orquestra o danado
Acordando o mundo inteiro.
O beija-flor não cantava
Mostrava seu colorido
Espantava o bandido
Escondendo-se na selva.
Ninho singelo de fibras
Pendurado na ramagem
Perto do rio, na margem
Feito de plumas e relva.
ACA