CAMINHANTE DA VIDA

15/12/2014 08:44

O evoluir do caminhante da vida.

O Momento de Luz convida a todos para começarmos a nossa semana refletindo nas nossas conquistas nas coisas mais simples.

Caminhemos pela vida atentos a nossa evolução.

Paz.

 

 

CAMINHANTE DA VIDA

 

Debaixo do azul do céu

Um mar de verde esmeralda

Uma floresta, uma fauna

De gente uma multidão

As campinas verdejantes

Num mundo de solidão

 

Uma gaivota que passa

A casa da andorinha

Num espaço pequenino

Uma moça no portão

Chamando pela vizinha

Pedindo um pouco de pão

 

Uma cantiga ao longe

Com a voz de sabiá

A vizinha manda entrar

Pergunta pelo menino

Que cantava suas fomes

Esperando no caminho

 

Um arco-íris de flores

Uma imensidão de verde

A criatura se perde

Na extensão deste chão

Neste mato, muita gente

Trabalha até o “cerão”

 

O céu azul o chão verde

Noutros lugares só terra

Visto de cima da serra

Uma floresta, outro sertão

Aves olhando para cima

De olho no gavião.

 

Na lagoa o pescador

Trás a paciência do tempo

Espera em algum momento

Fisgar remédio da fome

Na canoa balançando

É o mosquito quem come

 

O riacho serpenteia

As pedras do seu caminho

Na beira da mata um ninho

O peixe contra a corrente

Aprendeu a navegar

Desde bem pequenininho

 

Um passarinho perdido

A serpente que rasteja

Uma águia que a corteja

Cortando o céu azul

Vem descendo da montanha

Vigia do norte ao sul

É nesse olhar do idoso

Que a tudo compreendia

Passava noites e dias

Admirando a natureza

Mesmo com toda a aspereza

Que ela lhe infligia.

 

Desde muito tenra infância

Cultiva culturas e terras

Encontrou anjos e feras

Por infinitas distâncias

Nunca usou a mendicância

Para conquistar donzelas.

 

Um violão alguns versos

Um céu brilhando de estrelas

Umas frutas para comê-las

Em noite de solidão

Declamava para o éter

Uma bonita canção.

 

Uma cotia que foge

Um beija-flor beija a planta

Uma paisagem que encanta

No meio da capoeira

Abelhas fazendo mel

Semeiam na flora inteira.

 

Um poço de água fresca

Bem no meio do sertão

Os passarinhos então

Saciando a sua sede

O velho bebia água

Que passarinho não bebe

 

Um soluço uma saudade

Dos tempos da juventude

Hoje tem outra atitude

É a saudade quem diz

De jovem uma virtude

Idoso, um pouco infeliz.

 

A distancia da partida

Depois de muitos senões...

Deixando tantos irmãos

Na estrada do infinito

O brilho da sua alma

Diamante polido no atrito

 

 

ACA

Facebook Twitter More...