CHAMADA PARA UMA MUDANÇA

14/08/2010 23:31

O nosso Momento de Luz deste domingo, com a colaboração do nosso amigo e biólogo Lucas, convida o cidadão, que este blog procura ajudar a construir, a realizar uma avaliação de seus paradigmas, propondo a mudança.

Curtam e reflitam as palavras de uma pessoa preocupada com as gerações futuras.

 

Prezados amig@s,

 

 É dito por aí que vivemos em um mundo insustentável, que não temos jeito, que o único caminho para nós é o fim e “etc e tal”. Eu particularmente não acredito nisso! Voltemos na história do nosso planeta para embasarmos a nossa discussão.

 

É sabido que a Terra já passou por tempos extremamente difíceis, em eras de extremo e turbulências, que no fundo no fundo, apenas contribuíram para o desenvolvimento do planeta e da sua estrutura atual. O homem é uma das espécies mais nova desse planeta, porém o seu poder de transformar o habitat é muito forte. Fico pensando como deveria a sociedade primitiva; o homem deveria olhar os seus horizontes e não deveriam entender nada ao seu redor, viam o fogo, e como não sabiam como isso surgia, logo lhe deram o nome de Deus!! É o Deus do Fogo, o Deus do Trovão, o Deus dos Mares e assim sucessivamente.

 

Como não havia muita coisa para fazer à noite (não tinha BBB, nem novela...), olhavam os astros e logo começaram a associar a posição dos mesmos à época do ano, ao aumento de produtividade da agricultura rudimentar e finalmente o utilizaram para viajarem pelo mundo primitivo sem se perderem.

 

Deveria ser uma viagem esse mundo!

 

Mas, o homem evoluiu e continua evoluindo, e hoje estamos diante de uma época em que o homem, apesar de melhor compreender o mundo do que o homem primitivo, e de ter oportunidade de visualizar o mundo microscópico e viajar no espaço sideral, o homem moderno ainda não conseguiu viajar para dentro dele mesmo, e esse local, que os especialistas chamam de self, continua sendo um lugar sem turistas e sem conhecimento geral.

 

O que quero dizer é que sem o conhecimento de si mesmo, o homem continua vivendo o seu paradigma, não podendo, nem querendo modificá-lo, haja visto que não conhecem outra realidade, a não ser a atual.

 

É por isso mesmo que o capitalismo domina em todos os cantos do nosso planeta, e os crimes contra a natureza e a dignidade humana rolam soltos e sem nenhuma preocupação por parte dos que são os dirigentes das nações.

 

Uma coisa é certa, o capitalismo parece que não vai nos salvar, pois em toda a sua história nunca se preocupou com as pessoas e sim com os lucros. Só poderia ser importante se mudasse os seus paradigmas, e tentasse ser um pouco mais socialista.

 

Em seu filme, “Uma verdade inconveniente”, Al Gore, fala-nos um pouco sobre isso. Sabemos que os nossos ecossistemas não tem mais condições de absorver a quantidade imensa de poluição que os combustíveis fósseis causam, o que está acelerando o aquecimento global e nos colocando em situação extremamente difícil, porém, como já existe todo um esquema coorporativo e institucional por trás, fica difícil, hoje, nós nos livrarmos do tacão dessas empresas que ganharam muito poder nos últimos anos.

 

Lembro-me da história do porco, contada pelo Professor Genebaldo Freire.

 

Conta ele, que havia uma ilha em que as pessoas comiam porcos crus. Certo dia, um acidente (sempre eles) fez com que os porcos fugissem para mata, na mesma hora em que a mata pegou fogo e os porcos terminaram morrendo queimados. Sem ter o que comer, pensaram em comerem os porcos torrados e qual não foi a surpresa das pessoas quando perceberam que eles queimados eram muito mais saborosos. Então, tiveram a excelente idéia de, ao invés de comerem porcos crus, os espantarem para a floresta e tocar fogo nela. Dessa maneira, criaram faculdades, empresas, governos e tudo mais que pudesse treinar as pessoas a queimarem os porcos na floresta. Até que um dia, uma dessas criaturas loucas, sugeriu que ao invés de queimarem a floresta, retirassem um pedaço de lenha e queimassem o porco em cima da lenha. É claro que ninguém aceitou, pois já havia todo uma estrutura montada para abastecer aquele esquema de porcos queimados na floresta e queimá-los em lenha, provavelmente levaria a sociedade à um colapso.

 

Foi assim que, poucos anos depois, essa sociedade desapareceu devido à ausência de floresta (que fora toda queimada) e consequentemente de seres vivos que os alimentariam.

 

Essa parábola ilustra bem o que o Al Gore propõe em seu filme. Somos hoje, essa sociedade fictícia, que destruiu todos os seus recursos naturais em nome dos empregos e das estruturas sociais.

 

Pensemos nisso, para que não queimemos as nossas florestas atribuindo desculpas escapistas e capitalistas, tentando nos lembrar de que é ela (a floresta) quem nos protege contra o calor que nos queima.

 

 

Abraço,

 

 

Lucas.

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