Amanhã teremos o prazer de comemorar o aniversário de 37 anos de fundação deste pontinho de luz, como tantos outros, na terra. A Casa de Caridade Esperança e Fé.

Muitos se manifestaram no Livro de Visitas de nosso site (deem uma lida, vale a pena), evidenciando que é muito bom amar, seja perto, seja distante. O fazer o bem por nós, pelo outro, pela humanidade, sempre será recompensado com aquilo que temos de mais precioso: a nossa própria humanidade.

Nessa toada, a espiritualidade amiga também está em festa, comemorando este amor e nos lembrando, através do Momento de Luz postado hoje, que estas datas só têm significado quando usadas para comemorarmos a vida, a presença da caridade, da esperança e da fé dentro de cada um de nós.

Parabéns a todos, parabéns a humanidade, por sempre deixar aberta a possibilidade de amar.

Amemos.

 

 

COMEMORAR

 

O fazer começa no coração, no sentir. Através do olhar mais apurado que nos permite enxergar a dor, a necessidade e o sofrimento do outro.

A partir daí, se surgir em nós a comoção, nascerá o desejo do fazer.

Como transformar este desejo em ação?

Somente o amor permite a verdadeira visão. Somente o amor desperta a comoção, a sensibilidade perante o sofrimento e as angustias de outrem. Somente o amor é capaz de resignificar o desejo e transformá-lo em ação: no fazer.

O fazer que surge despretensioso. Motivado pelo nosso lado humanizado, que cria possibilidade de acontecer. Nesta fase, saímos em busca do auxílio ao próximo, em nós e fora de nós. Buscamos ajuda em instrumentos vários, que, quando insuficientes, nos mobilizam para buscar ainda mais.

Tocados e despertos pela necessidade de acontecer o fazer, não nos acomodamos. Não permanecemos imóveis. Uma força maior de amor se apodera de nós e nos impulsiona. Quebra barreiras pessoais, derruba obstáculos sociais, alonga e encurta caminhos, promove saltos antes impensáveis, simplesmente, ocorre.

Como fazê-lo sem a fé que nos energiza?

A fé que possibilita o ir, o fazer acontecer. Que fortalece em nós a confiança no pai. Que fortalece em nós a confiança em nós mesmos. Que fortalece em nós a confiança no outro.

Essa luz intensa que se propaga, envolvendo pessoas, grupos inteiros. Que reúne antigos inimigos, transformando-os e tornando-os amigos. Que liberta os anseios, as dores internas, o ódio. Que transporta a solidariedade, dando-lhe papel de destaque no coração. Que ilumina o percurso, guiando-nos pelo caminho da descoberta das delícias do ser que faz, porque ama e porque acredita na existência deste amor universal.

Como fazê-lo sem a entrega ao divino em nós?

 A presença do Pai em nós. Presença que nos direciona. Que nos acalma, ensinando-nos a praticar a paciência, o esperar confiante que Ele está a olhar por nós. Este olhar amoroso que nos dispusemos a aprender. Olhar que acolhe. Que se aprofunda e compreende. Que auxilia, mas que permite crescer.

Façamos uso destes elementos contidos em nós: a caridade, a fé e a esperança. Deixemo-nos ser envolvidos e guiados por eles. Guiados a caminhos do bem, do fazer.

Fazer pelo outro, como vimos, parte de nós. Por isso é preciso estarmos atentos a nós mesmos e depois ao outro. Descobrir em nós a potencialidade do ser, do sentir e do fazer.

Autodescobrir-se é encontrar o ser em nós.   

Encontrar o amor que vive dentro de nós é permitir o sentir.

Deixar que amor saia de nós é permitir o fazer.

Que o amor do Cristo os reúna nesta festa de fazer coletivo.

Comemorem a vida. Comemorem a presença da caridade, da fé e da esperança dentro de cada um de vocês, e permitam que partam de vocês em direção ao outro.

Abraço afetuoso.

Com amor,

O Grupo.

12.07.12