CRÔNICAS ESPÍRITAS - 19

11/08/2015 06:58

A Crônica Espírita dessa semana divide um atendimento mediúnico recente, que traz em seu bojo questões muito antigas.

Envolta em tanta dor, a história também evidencia a presença, através de uma presença maravilhosa, um vulto feminino etéreo e luminoso, da Misericórdia Divina.

Nada como a participação do amor na nossa jornada.

 

 

CRÔNICAS ESPÍRITAS - 19

 

Partilho com vocês hoje um atendimento recente, que traz em seu bojo questões muito antigas. Informo logo que minhas limitações são grandes para descrever algumas das experiências vivenciados no ambiente de trabalho mediúnico, variando de sensações mais sutis até percepções mais objetivas, e, principalmente a presença de artefatos e tecnologias desconhecidos para mim.

Estava vibrando com o médium quando percebemos uma presença de psicosfera muito densa aproximar-se. Havia dificuldade para manter uma conexão estável, como numa ligação telefônica que falha e discamos novamente até completar-se. Intuitivamente percebi a presença de trabalhadores espirituais não usuais, irmãos de outras esferas planetárias, o que tem ocorrido com mais frequência ultimamente. Senti como se o médium e eu estivéssemos envoltos numa cabine magnética para aquele trabalho específico.

Visualizei na minha tela mental uma capsula alongada e transparente com um ser bestializado pelo ódio a debater-se. Via o contorno de uma figura semi-humanoide escura, grande, com inúmeros fios negros depreendendo-se do seu corpo, e excrescências que pareciam tentáculos com ventosas.

Na capsula havia uma espécie de duto luminoso que emitia um vapor claro como a limpar o ambiente onde aquele ser se encontrava, e sua própria respiração emitia vapores densos e escuros. Um cabo quase leitoso (cor de madrepérola) foi acoplado ao perispírito do médium. 

Do seu pensamento eu captei palavras numa língua desconhecida, mas logo em seguida comunicou-se.  Após as tradicionais ameaças e exclamações de raiva, contou que dirigia uma rede contra os que o ameaçavam, que o nosso grupo estava no seu caminho porque tinha libertado alguns dos seus asseclas e escravos. Disse que queria permanecer como estava, a lutar, dominar e emanar medo, e que cumpria com seu dever. 

Tentei argumentar, porém ele retrucou dizendo que estava já há muito tempo daquela forma e que nem queria e nem iria modificar-se. Falei que naquelas condições não poderia mais permanecer no planeta. O processo evolutivo da Terra já estava em pleno curso e sua vibração não era mais compatível, e que ele possivelmente já estava aqui após um desterro planetário. E que este seria um novo degredo. Algo o tocou, e entristecido silenciou por instantes.

Fui intuída e lhe disse a palavra “saduceu”. Foi como um gatilho para rememorar uma existência pretérita, e retrocedeu no tempo vendo-se participar de sanguinolenta batalha.

Senti então uma presença maravilhosa, um vulto feminino etéreo e luminoso, que o envolvia em amorosidade. A Misericórdia Divina entrou em ação através desse Espírito elevado em missão de amor.

Subitamente lembrou-se de sua mãe naquela vida, devota de um Deus único e que o ensinou a orar. Naquele instante sentiu um sofrimento atroz, chega a “consciência” clamando ao resgate. Pesaroso, modificou sua atitude e numa postura de entrega e de temor a Deus, aceita seu destino, num choro de alma que se despede com profunda tristeza, com a culpa de falha gravíssima e por mais de uma vez.

Visualizei-o num sono profundo na capsula onde seria transportado, com vapores claros e já com um aspecto externo mais humanizado.

O médium e eu estávamos muito emocionados. As vibrações de calma e paz daquela alma que foi sua mãe em outra encarnação, verdadeiro Espírito de Luz, contaminaram todo o ambiente, deixando uma sensação de conforto e amparo.

Após o termino do trabalho, o médium partilhou mais algumas percepções comigo, mas contarei na próxima semana, junto a outros comentários e esclarecimentos obtidos no trabalho em desdobramento.

 

Extraí esse pequeno trecho do livro Os Exilados da Capela, de Edgard Armond.

 

“Emmanuel -um desses Espíritos de Verdade - vem se esforçando, de algum tempo a esta parte, em auxiliar a humanidade nesse sentido, levantando discretamente e com auxílio de outros benfeitores autorizados, novos campos da penetração espiritual, para que o homem deste fim de ciclo realize um esforço maior de ascensão e se prepare melhor para os novos embates do futuro no mundo renovado do Terceiro Milênio que tão rapidamente se aproxima.

*

Assim, sabemos agora que esta humanidade atual foi constituída, em seus primórdios, por duas categorias de homens, a saber: uma retardada, que veio evoluindo lentamente, através das formas rudimentares da vida terrena, pela seleção natural das espécies, ascendendo trabalhosamente da Inconsciência para o Instinto e deste para a Razão; homens, vamos dizer autóctones, componentes das raças primitivas das quais os "primatas" foram o tipo anterior mais bem definido; e outra categoria, composta de seres mais evoluídos e dominantes, que constituíram as levas exiladas da Capela (2), o belo orbe da constelação do Cocheiro a que já nos referimos, além dos inumeráveis sistemas planetários que formam a portentosa, inconcebível e infinita criação universal.

Esses milhões de advenas para aqui transferidos, em época impossível de ser agora determinada, eram detentores de conhecimentos mais amplos e de entendimentos mais dilatados, em relação aos habitantes da Terra, e foram o elemento novo que arrastou a humanidade animalizada daqueles tempos para novos campos de atividade construtiva, para a prática da vida social e, sobretudo, deu-lhe as primeiras noções de espiritualidade e do conhecimento de uma divindade criadora.

Mestres, condutores, líderes, que então se tornaram das tribos humanas primitivas, foram eles, os Exilados, que definiram os novos rumos que a civilização tomou, conquanto sem completo êxito.

(2) Há, também, notícias de que, em outras épocas, desceram à Terra instrutores vindos de Vênus.”

 

Muita paz para todos nós.

Francesca Freitas

02-08-2015

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