DESILUSÃO

18/05/2013 17:17

A poesia que inicia a nossa semana trata da desilusão do poeta.

Um momento de serenidade em que podemos refletir sobre os rumos que estamos tomando coletivamente.

Que seja um instrumento para que corrijamos o rumo.

Paz no coração de todos.

 

 

DESILUSÃO

 

O dia, na minha abadia.

Falta de alegria, dá desilusão.

 

Perdida, minha fidalguia.

A dor me sorria, com desilusão.

 

Como adaga, dentro do meu peito.

Estendida no leito, a desilusão.

 

A gota, de sangue caído.

Do amor ferido, na desilusão.

 

Ó falta, da minha verdade.

Tira liberdade, é desilusão.

 

A mágoa, dentro do meu peito.

Cultivo perfeito, da desilusão.

 

No mundo, onde a dor campeia.

Tudo é receio, dá desilusão.

 

Nas famílias, indiferença prospera.

O amor vira fera, dá desilusão.

 

Meninos, perdidos na rua.

Perdem a candura, dão desilusão.

 

Bandido, prospera e se impõe.

Tudo se destrói, com desilusão.

 

Na terra, semente não germina.

A fome domina, grão desilusão.

 

Vizinhos, não se cumprimentam.

Vivem no lamento, é desilusão.

 

Idoso, perdido no tempo.

Deixado ao relento, dá desilusão.

 

Atmosfera, toda envenenada.

Não se espera nada, na desilusão.

 

A vida, muito mal cuidada.

Deus fica danado, com desilusão.

 

O amigo, tornou-se inimigo

Por futilidades, é desilusão.

 

A vida, não para o tempo.

Esvai-se em lamento, e na desilusão.

 

ACA

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