ENCONTRO ENRIQUECEDOR
Esta semana, no Momento de luz, Gregório retoma a história que vem compartilhando conosco, há duas semanas. Como de costume, enriquece-nos com vivências belas e instrutivas.
Estimula-nos a encontros produtivos, realizados na alegria, com o objetivo do crescimento individual e coletivo. No vivenciar e compartilhar com o outro, construímos um caminho amoroso, seguro e feliz, rumo ao crescimento.
“Mãos unidas se apoiando. Pés caminhando lado a lado, no mesmo ritmo. Corações entrelaçados, pulsando na mesma vibração. Pensamentos alinhados no mesmo objetivo”.
Lindos e produtivos encontros.
Andréa
ENCONTRO ENRIQUECEDOR
Bem, retomemos a nossa história. Mas antes, gostaria de compartilhar com vocês da manhã de paz e amor que vivenciei.
Eram muitos. Chegavam a todo instante, em caravanas, uma após a outra. Corri para assistir. Era um espetáculo. Atrás de si, traziam um rastro de luz que perfumava nossos corações, alegrando-os.
Foi o bastante, para que a mão conduzisse o lápis sobre o papel e traduzisse a euforia do amor, que adentrava nosso habitat naquele dia. Um dia inesquecível, que precisava ser retratado com minuciosos detalhes.
Reuniram-se povos de muitos lugares, em busca do conhecer para crescer, juntos. Que bela visão, quando um belo grande grupo reúne-se, com o mesmo objetivo, envolvendo-se na mesma vibração, gerando a luz do conhecimento!
Seria um dia de palestras, estudos, compartilhamento de experiências e, o mais gostoso, um dia de convivência amorosa e enriquecedora. Onde cada um traria seu coração, sua fonte interna, transbordando de amor, para se retro alimentar com as fontes externas que se encontravam na mesma condição.
Poucos momentos como este são celebrados. Momentos de encontros, onde o amor e a vontade de auxílio mútuo se fazem presentes. Até quando será necessário ocorrerem tragédias, para que os corações terrenos se abram para o próximo? Para comunhão com o próximo?
São nestes momentos de comoção e dor, que espíritos encarnados unem-se para o auxílio e são capazes de belos prodígios. Arriscam as próprias vidas para o salvamento. Compartilham dos bens materiais. Colocam as fontes internas a disposição das fontes externas mergulhadas na dor.
Alguns pequenos encontros para o estudo rápido acontecem, vez ou outra. Mas jamais com a mesma intensidade de entrega. Por que o não se reunir na alegria e promover encontros produtivos? Encontros, de onde sairemos transformados pela luz da convivência amorosa e do conhecimento, aperfeiçoando-nos.
Hoje seria um destes dias, de puro e verdadeiro envolvimento, para, unidos, avançarmos mais uns degraus rumo ao desenvolvimento evolutivo. Como é enriquecedor, seguro e feliz, poder contar com o outro neste momento de graça, de avanço, de melhoramento.
Mãos unidas se apoiando. Pés caminhando lado a lado, no mesmo ritmo. Corações entrelaçados, pulsando na mesma vibração. Pensamentos alinhados no mesmo objetivo.
Foi um dia intenso. Auditórios lotados. Grupo em atividades práticas, fortalecedoras. E preces que reuniam desejos de paz, amor e união. Luz que deixavam os corações e se perpetuavam pelo ambiente.
Energias amorosas e salutares que encaminhamos para os irmãos em Cristo, para a família planetária, para os que estão em sofrimentos, para os que buscam o melhoramento, para todos aqueles que muito amamos, assim como o Pai deseja e orienta.
Ao fim da jornada, a despedida. Com a certeza que o dia foi intensamente aproveitado. Com o coração agradecido, pelas lindas trocas vivenciadas. Com a alegria, que saíamos positivamente tocados. E com a esperança que belas transformações ocorreriam em nós, aperfeiçoando-nos.
Este era também o objetivo do passeio. O toque que faz refletir, para depois transformar. Era o que o coordenador desejava que ocorresse com cada membro do seu grupo de estudo, após aquela vivência.
Eriberto concentrou-se e com ajuda de todos nós, entrou em contato com suas memórias. Buscou um fato que pudesse ser facilmente compreendido por nós.
E revelou-nos através de imagens, que surgiram na grande tela a nossa frente. Não vou me deter às praticas tecnológicas que já utilizamos por aqui e que, brevemente, estarão disponíveis na Terra.
Na verdade, paulatinamente, a tecnologia tem avançado dentre vocês, o que a freia é a utilização distorcida de sua função. Os melhoramentos dos instrumentos servem ao seu construtor e não o contrário.
Lembro-me como invertemos o uso das grandes descobertas para a indústria bélica, com o objetivo de destruir, dominar e produzir riquezas. O homem necessita articular o que tem, para a busca do crescimento moral, o verdadeiro tesouro que enriquece o espírito.
A primeira imagem foi impactante! Uma jovem mulher maltrapilha resistia à ajuda fornecida por Eriberto e a equipe que o acompanhava. Do seu coração era possível visualizar um pequenino ponto de luz.
O coordenado, captando nosso questionamento, explicou-nos que se tratava do ponto de partida para o regaste e o acolhimento. Foi a partir desse ponto de luz que foi possível localizá-la e acessá-la.
Este pequenino ponto crescia devagar, para logo diminuir. Parecia uma lâmpada de Natal, a piscar. Bastei levantar a mão e o coordenador respondeu a dúvida que me inquietava.
Esta luz que faísca, ora fraca, ora ainda mais fraca, é sustentada pela mãe da jovem que ora todos os dias, intercedendo por seu crescimento espiritual.
A genitora ainda reside no plano material. Dedicada à filha, desdobra durante o sono e vem encontrá-la. Ajudou nas buscas e no recolhimento. É possível visualizá-la ao lado direita, da pobre menina.
Durante o dia, reservava momentos para a oração, e envolve sua pequenina com luzes amorosas, que as consegue captar mais facilmente do que as nossas, devido a forte ligação que possuem.
A mãe zelosa tentou orientar o espírito rebelde, que aceitou receber como filha. Dedicou-lhe amor e atenção, mas a pequena não os considerou suficiente.
Queixava-se da vida pobre que possuíam, da ausência da riqueza que, no passado, fora seu motivo de queda. Ambiciosa, desejava subir a qualquer preço.
Exigia da mãe o que ela não podia oferecer-lhe e, por muitas vezes, maltratou-a com a sua ingratidão. Porém, o espírito nobre a perdoava e, insistentemente, orientava-a para o bom caminho.
Mas cada espírito, diante do livre arbítrio, faz as escolhas que deseja. Contrário ao que planejou fazer no retorno a vida material, escolheu o caminho que a levou ao sofrimento, que hoje passa.
Quando aqui chegou, vítima das consequências da vida que levou, culpou-se inconscientemente, transportando-se para áreas de pura dor. Envolveu-se com espíritos energeticamente doentes, com os quais acreditava afinar-se.
Deu lugar a revolta e a ambição. Buscou o que buscava lá, na vida terrena, sujeitou-se a serviços escravos, para conseguir a vida de riqueza que tanto desejava.
Porém, cada vez que sua mãe se fazia sentir, ela percebia a dor que sofria e clamava por ajuda, mas logo, voltava aos velhos vícios, afastando-se da luz, que tentava encontrá-la e resgatá-la.
Anos se passaram. A cada dia, a menina ia percebendo-se mais e afastando-se da negritude da vida, que escolhera desde então. Passou a cultivar a lembrança da mãe e pôde ser localizada.
Encontrada, passou-se um longo período até que permitisse ser acolhida e resgatada. E, neste momento que a visualizamos, ainda resiste ser encaminhada a cuidados.
Desacostumada do amor e da solidariedade, afasta-se dos que desejam auxiliá-la. Banhada pela escuridão da dor, não acredita ser merecedora da luz que salva e cura.
Percebemos, na tela, que a mãe se tornara visível aos seus olhos. A jovem captara seu amor e se entregara ao colo materno, desejando o seio daquela que a criou e a protegeu.
Pudemos visualizar, emocionados, o desenlace desta história que se finalizaria feliz. A filha, ao avistar a mãe, correu para os seus braços e entregue ao seu amor maternal, chorou copiosamente.
Aceitou ser transferida para o hospital. Ao seu lado, a dedicada genitora a acompanhava, fornecendo-lhe a coragem de caminhar um pequenino passo, no caminho da luz do crescimento.
Na tela, desapareciam as imagens da filha e de sua mãe. Enquanto, em nós, brotava a luz da verdade, que informa e instrui, guiando a novos caminhos.
O coordenador convidou-nos à oração de agradecimento e, logo depois, às discussões reflexivas, que compartilharei em breve. Agora, deixo-os com a luz do conhecimento que foi refletida em nós, estimulando-os para o nosso próximo encontro.
Abraço afetuoso.
Gregório
05.05-13