MINHA CIDADE É BONITA

20/01/2014 06:17

Iniciamos a nossa semana falando um pouco de Salvador, cidade que acolhe essa instituição, a CACEF.

Venham, através da poesia, passear um pouco nas suas ladeiras, se deliciar com as quituteiras, curtir a beleza de São Salvador.

Uma bela semana para todos nós.

 

 

MINHA CIDADE É BONITA

 

Minha cidade é bonita

Nela tem todas as flores.

Desde o branco ao cinza

O negro de raça linda

Toda mistura de cores.

 

Nas praças tem flamboyant

Hibiscos, cactos e rosas.

Florando em todos os cantos

Também estatua de santos

Tornando as praças formosas.

 

Na beira mar tem passeio

O aroma vindo do mar.

A água beijando a areia

Junto à estátua da sereia

Gaivotas vêm descansar.

 

Descendo o Rio Vermelho

A morena vai passear.

Desfilando no passeio

Ou andando pela areia

Junto das ondas do mar

 

Minha cidade é bonita

Tem morros e ladeiras.

Uma bonita lagoa

Frequência de gente boa

Poetas e lavadeiras.

 

No candomblé mãe de santo

Com seus Caboclos e exus.

Dignidade e negritude

Negras de grandes virtudes

Filhas do mestre Jesus.

 

Minha cidade é mistura

De raças, credos e cores.

Musica em todos os cantos

Reza para todos os Santos

Jardins de todas as flores.

 

Nesta cidade dos Anjos

Já foi cidade de dor.

De Jagunço e escrava

Agora bem transformada

Cidade do Salvador.

 

Minha cidade é tão linda

Deus admira do céu.

Cobrindo você e a mim

De Itapoã ao Bonfim

Com seu safírico véu.

 

Tem ladeira da montanha

Ladeira de água brusca.

Bonfim também é ladeira

De joelhos pela beira

O penitente em sua busca.

 

 

O mar da cidade baixa

Da Conceição a Ribeira.

De uma plácida maré

É bonito de se ver

Caminhando pela beira.

 

Água transparente e linda

Gerando bela imagem.

Das ondas em ritmo leve

Que quase não se percebem

Na praia de boa viagem

 

Minha terra é muito linda

Com quitutes sublimados.

Acarajé nos caminhos

Pássaros fazendo ninhos

Bem no topo das sacadas

 

Tem abará e moquecas

Água de coco e cocada

Tem o mercado modelo

Turista gosta de vê-lo

Na capoeira, a meninada

 

Ao entardecer da Barra

O poeta não resiste.

Declama às luzes e cores

O céu se enche de flores

Do porto da Barra ao Cristo.

 

Folclore da minha cidade

Pescadores e ribeirinhos.

Igrejas em todos os cantos

Sacerdotes e pais de Santo

E Olodum no pelourinho.

 

 

 

ACA

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