MORTE NA SOLIDÃO

18/08/2011 20:03

Um sentido para a vida só é possível numa perspectiva ampliada ao tamanho do Universo. O nosso desejo de burilamento, de autoconhecimento, nos leva a situações intensivas de aprendizado, que devemos aproveitar com alegria.

A história relatada, de um atendimento em nossa casa, mostra que a ótica das coisas pode mudar completamente após o conhecimento.

Busquemos, portanto, a todo instante o conhecimento dos nossos desafios e encaremos com o amor no coração.

Um ótimo dia para todos.

 

 

 

MORTE NA SOLIDÃO

 

 

Era uma noite bonita de atendimento às criaturas degradadas pela falta de amor. O ambiente energético se apresentava perfeito.

 

No inicio dos trabalhos, fazíamos a prece inicial com a emoção embargada na voz, os fluidos quintensenciados tresandavam o ambiente iluminado.

Após agradecer a Jesus por nos permitir este trabalho com seus filhos amados, perdidos na escuridão das violências, dos ódios e das paixões.

Pedimos aos trabalhadores para se concentrarem nos amigos espirituais que tentavam nos agredir, justamente por trabalharmos a serviço do mestre.

Por odiarem, perseguiam os trabalhos da casa espírita para desestabilizá-los e assim, “pensavam eles”, deixar-lhes o campo livre para suas vendetas.

Apresentava-se uma criatura agressiva que, de todos os modos, queria destruir-nos, rosnava impropérios por nossa aparente falsidade já que não acreditava nos trabalhos e trabalhadores do bem.

Depois de muita transmissão de energia e carinho conseguimos que nos fala-se dos seus motivos de tanta repulsa ao grupo, que só lhe queria fazer o bem.

Disse-nos que havíamos desviado alguns de seus asseclas e que não mais iria permitir que isso continuasse, que sabia da falsidade de nossos atos, pois fora vitima de criaturas com a mesma ladainha.

Era um jovem aos cuidados de alguma instituição cristã. Por volta de uns 20 anos de idade, fora descoberta uma doença que supusemos ser AIDS. Doente e magro fora jogado na rua sem possibilidade de subsistência. Morrera na sarjeta, totalmente degradado, desnutrido, só tinha pele e osso, sem forças para locomover-se morrera num canto socinho.

Vindo a revoltar-se na outra vida, quando conseguiu mover-se, já sem o corpo físico, e aí começara sua vendeta para destruir os que trabalhavam em nome de Jesus.

Depois de muita conversa recheada de emanações positivas e de palavras de otimismo, falávamos com ele das possibilidades da vida que se apresentavam apesar do aparente abandono.

Deus não castiga ninguém e que nós é que buscávamos reparação aos nossos erros cometidos durante nossas vidas de espírito imortal.

Que, ainda que as criaturas tivessem falhado, a vida se concertava a si mesma e que cada um só resgatava seus débitos. Em algum momento de suas vidas teria cometido atos degradantes e a lei do resgate lhe pedira contas de sua historia.

O debate era acalorado, mas, construtivo. Foram-se distendendo as emoções, a racionalidade já podia ser estabelecida e com sua permissão fomos levando-o através de suas lembranças à causa que dera lugar seu resgate por afinidade de conduta.

Sua visão do passado foi se ampliando: via criaturas desnutridas que eram enterradas em valas coletivas. Era uma dor moral indescritível. O que se notava no querido amigo é que vários corpos, que ele via desencarnados, eram de sua responsabilidade. Tratava-se de um campo de concentração nazista e ele era um dos participantes desta desgraça humana. Agora ele compreendia porque tinha passado por tanto sofrimento e desencarnara nestas condições, a vida, através da sua própria consciência, lhe cobrara responsabilidade sobre aqueles que, impotentes, foram jogados nas garras de criaturas desumanas e a lei fora restabelecida.

Rendido diante das evidencias, choroso e conformado, pediu ajuda a espiritualidade presente e foi acolhido pelos trabalhadores do Cristo a quem perseguia sem saber sua verdadeira historia.

 

ACA

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