NOVA REVELAÇÃO
Qual a imagem e/ou a ideia que se formam em sua mente quando ouve as palavras amor e ódio? Ou surge uma memória?
A partir destas duas palavras, o Momento de Luz de hoje inicia uma breve conversa a respeito do livro Amor e Ódio. Obra mediúnica ditada pelo Espírito Charles à Médium Yvonne A. Pereira, no centenário de O livro dos Espíritos.
Aproveitemos fragmentos desta obra maravilhosa, que teve por objetivo oferecer temas educativos que favorecessem a reforma individual-social, em terras brasileiras.
Nos reformemos.
NOVA REVELAÇÃO
Qual a imagem e/ou a ideia que se formam em sua mente quando ouve as palavras amor e ódio? Ou surge uma memória? Talvez a lembrança de uma vivência feliz ou triste. Talvez, simplesmente, seus lábios abram-se num sorriso, ou, de seus olhos gotejem lágrimas, não sendo possível conter nem um, e nem a outra.
A partir destas duas palavras, inicio uma breve conversa a respeito do livro Amor e Ódio. Obra mediúnica ditada pelo Espírito Charles à Médium Yvonne A. Pereira, no centenário de O livro dos Espíritos. Foi dedicada à juventude espírita do Brasil, com o objetivo de oferecer temas educativos que favorecessem a reforma individual-social, em terras brasileiras.
Ressalto parte de um dialogo realizado na última parte do livro, que traduz o Amor, sobre o qual este livro se propõe a discutir:
- ... que é tu em minha vida?
- Eu sou, simplesmente, um coração que te ama...
Trata-se da reta final. Do momento onde o espírito encarnado entrega-se à confiança em Deus, para liberta-se das amarras materiais que o prendiam, em busca de uma nova vida. No auge da aflição, recebe do amigo espiritual, ao qual sua vida esteve entrelaçada por várias vezes, o auxílio para conquista do que tanto almejava.
“O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito” (A Lei do Amor, 8. Evangelho segundo o Espiritismo.)
Momentos antes, o mesmo espírito, utilizando-se de outra veste carnal, deitado ao chão, falecido após um ato de loucura, provoca outro dialogo. Este, diferente do primeiro, estabelece o ódio como seu alicerce.
- Sois, porventura, um amigo desse infeliz jovem, meu fidalgo?
- Não bom homem! Sou seu inimigo! Seu inimigo mortal! E aqui me encontro para maldiçoá-lo na morte!
“Sabe também que a morte apenas o livra da presença material do seu inimigo, pois que este o pode perseguir com o seu ódio, mesmo depois de haver deixado a terra;” (Os inimigos desencarnados, Evangelho segundo o Espiritismo.)
Assim, ambas as passagens nos convidam a refletir sobre nossas relações, sobre nossa convivência com o outro, quando testemunha os ensinamentos do Cristo:
“Amai ao próximo como a si mesmo.”
“Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam.”
Como fazê-lo? Onde encontrar amor para dispensar a mim e ao outro?
“O amor é de essência divina e todos vós, do primeiro ao último, tendes no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado.” (A Lei do Amor, 9. Evangelho segundo Espiritismo.)
Como oferecê-lo aos que me fazem mal?
“Amar os inimigos é não lhes guardar ódio, nem rancor, nem desejos de vingança; é perdoar-lhes, sem pensamento oculto e sem condições, o mal que nos causem; é não opor nenhum obstáculo à reconciliação com eles; ... é finalmente, retribuir-lhes sempre o mal com o bem, ...” (Retribuir o mal com o bem, 3. Evangelho segundo Espiritismo.)
Gregório sempre nos fala de fontes internas e externas de amor. Presentes Divinos, de onde pudemos extrair esta seiva doce que nos alimenta a alma, e nos faz progredir.
Lembremos, porém, que a extração irresponsável enfraquece o manancial. Embora o amor seja proveniente de uma fonte inesgotável, que se retroalimenta a medida que o compartilhamos, cuidemos com carinho das nossas nascentes para que delas possam sempre jorrar o mais qualificado amor.
Cristo também nos ensina a perdoar. A esquecer as ofensas e lembrar dos benefícios. A compreender as fraquezas alheias e as nossas próprias. Visto que o perdão alivia o coração, permite a reconciliação com nós mesmos e com o outro, e possibilita o seguir em frente.
Porém, amar, perdoar ou odiar depende de nós, de nossas escolhas. O Pai, preenchendo-nos com tantas boas sementes, acredita que estamos preparados para agirmos por nós mesmos. Confiante em Sua criação, concede-nos o livre-arbítrio, cabendo a nós a responsabilidade por nosso crescimento, nossa evolução.
- O Homem tem o livre-arbítrio dos seus atos?
- Visto que ele tem a liberdade de pensar, tem a de agir. Sem livre arbítrio o homem seria uma máquina.
(O Livro dos Espíritos, questão 843)
Pai amoroso, envolve-nos de cuidados e proteção para que, fortalecidos, possamos alcançar aos objetivos a que nos propomos. Destaca o autor:
· A existência de um guia espiritual. “Agente do Amor Divino junto as Criaturas.” “Destra do Criador que se espalma sobre o homem, inspirando-o e protegendo-o na espiral difícil, mas gloriosa do espírito, rumo da redenção”
· A existência de sementes de virtudes: “E as sementes de virtudes que lá se deixavam estar, nos refolhos da alma humana, ocultas ao mundo, mas visíveis a Deus, germinam, crescem, florescem, frutificam na primavera sacrossanta da reabilitação.”
· Envio de mensageiros: “... o aparecimento de um manancial de ensinamentos que as dessedentará nas justas aspirações da alma – “O livro dos Espíritos”, expoente da Nova Revelação.
“O imediato trouxe-vos, de mão própria, esta correspondência, a ele confiada por vosso antigo professor, de Paris, o Sr Denizard Rivail...”
Na capa do pequeno volume que recebera estava escrito:
Filosofia Espiritualista
O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Ditado por espíritos superiores, com o concurso de vários médiuns e recebido e organizado por ALLAN KARDEC.
Neste dia, nosso personagem iniciou a leitura do livro que transformaria a sua vida.
“Senhor, e ouvi-los esclarecer as leis que revelam, ler as mensagens que ditam aos seus intérpretes, ou “médiuns”, para a estruturação do corpo doutrinário daquilo que denominam de “Nova Revelação” é sentir a alma a ascender às regiões da lídima ventura espiritual.” (Carta de Henriette a Gastón).
O acesso ao conhecimento fez com que ele aceitasse as tragédias ocorridas em seu viver. Então, compreendeu que estava nessa encarnação a apreender, para que pudesse corrigir os erros cometidos no passado e, assim, pudesse progredir em sua caminhada.
Compartilhou da boa nova com os outros, ao quais, antigamente, ignorava. Falou-lhes sobre a reencarnação...
“...depois da morte, o que se segue é sempre a vida, simplesmente a vida, nada mais.”
Deu-lhes esperança.
- “E, se alguém adoecia ao seu alcance, desvelava-se em dedicações, pungido por sincera piedade pelos sofrimentos presenciados, esforçando-se por se desdobrar em consolações e encorajamentos para quantos se abatiam sob as dilacerações da adversidade.”
Curou-lhes as enfermidades orgânicas e psíquicas
“... valendo-se da imposição das mãos, simplesmente as quais transmitiam para o paciente, salutares eflúvios magnéticos...”
Fez-se diferente.
Novamente, do compartilhar de uma história de vida, retiramos grandes lições. O caminhar do outro, quando observado com respeito, para objetivos edificantes, nos favorece o crescimento.
Este livro reforçou em mim a presença de um Pai amoroso que está a nos velar constantemente. Que nos cerca de carinho e proteção, dirigindo-nos ao processo evolutivo, portando de todas as condições para vivenciá-lo.
Envolvidos em Seu amor, somos frequentemente energizados e fortalecidos pelas fontes internas e externas, com as quais nos presenteia, preenchendo-nos com esta seiva vital que nunca se esgota.
Banhados pela luz do conhecimento que Ele nos promove, através do intercâmbio com amigos encarnados e desencarnados, fortalecemos nossa fé, alimentamos nossas esperanças, modificamos nossas atitudes. Nos fazemos diferentes.
Boa Reflexão,
Andréa
23.10.12