O TEMPO CRISTALIZOU A LUTA
O Momento de Luz de hoje retrata um drama coletivo e a impressionante capacidade que temos de nos prendermos em guerras eternas, findadas no mundo corpóreo, mas perenes no nosso mundo psíquico.
A história é uma chamada para a consciência do perdão, para o desapego às experiências e, principalmente, para o encontro com o ser de amor que somos.
Que todos tenham um dia lindo.
O TEMPO CRISTALIZOU A LUTA
Mais umas gotas de orvalho se derramaram num trabalho da noite mediúnica.
A ficha que trabalhávamos era de uma pessoa querida, fazia parta do grupo mediúnico da casa e temporariamente fazia um curso numa cidade da Espanha.
Aproveitando dias de folga, fora passear em algumas cidades da França. Pedia que trabalhássemos a sua residência, não por nada especial, mas sua percepção, com certeza lha trazia esta necessidade e estava correto, como veremos a seguir.
Apresentou-se um espírito que sofrera uma agressão nas costas com um machado e sentia muitas dores. Fomos trabalhando com as mãos, como agasalhando, no sentido horário, passando energia nesse local, a curar sua ferida. Era um trabalho demorado.
Apesar de lhe apresentar a seguir, um enfermeiro com a maca para ser encaminhado ao hospital espiritual, não se desvencilhava da médium, não via ou não queria ver o enfermeiro, como se o local fosse seu porto seguro. Finalmente foi encaminhado e aceitou o refugio deste hospital.
Mesmo assim, a médium estava inquieta e fomos recebendo e tratando mais e mais entidades com ferimentos parecidos: uns com machado na cabeça, outros com as pernas cortadas por foices, algo parecido com facão cortara o peito de outro e assim se sucederam um vasto grupo de entidades.
Algumas gritavam que queriam voltar para a disputa, pois já se sentiam curadas e tinha de continuar a sua desforra. Tudo parecia se tratar de uma luta de guerra, talvez de tempos muitos remotos, onde as armas disponíveis eram os machados, facas, foices e demais apetrechos de uso domestico.
Ao terminar, a médium, que não sabia da viagem deste amigo, me perguntava se ele estivera em algum lugar histórico, onde pudesse captar este tipo de psicosfera e deu a sua impressão do que se tratava.
Efetivamente pudera perceber que se tratava de uma batalha, talvez uma revolta popular, em que as criaturas usavam as armas de que dispunham em ato de violência sangrenta, para defender e ou recuperar suas liberdades e autodeterminação.
Apesar de muitos anos se passarem desta desforra ensandecida, os espíritos ainda lutavam alheios a sua condição de desencarnados, como se os atos tivessem tido seqüência, todos estes centos de anos ou quiçá milênios.
Este breve relato nos alerta para o fato de que devemos estar sempre atentos nas nossas andanças pela vida, para podermos ser úteis em qualquer momento ou lugar, pois os trabalhadores de Jesus utilizam destas oportunidades para a recuperação de irmãos perdidos nos psicodramas de suas vidas, sem poderem, por conta própria, se desvencilhar dos liames do sofrimento.
Nos dramas coletivos que nos envolvemos, nem sempre como criaturas de Deus, mas, muitas vezes desenterrando o instinto animal das profundezas de nossa psique, retardamos o caminho do viver, em verdadeiro labirinto de emoções, transformados em bestas desesperadas, pela ausência do divino amor.
Sejamos conscientes das nossas responsabilidades, para quando o desequilíbrio nos encontre, saibamos navegá-lo para levá-lo ao porto seguro da racionalidade, em concordância com o cristo que vive em nos e não cairmos nas armadilhas do tempo, perdidos por pensarmos levar a bom termo a nossa vendeta, quase sempre perdendo a noção da realidade.
ACA