OS INFERNOS

26/09/2016 06:57

Existe inferno?

Quem nunca falou algum dia que a sua vida estava um verdadeiro inferno?

O Momento de Luz de hoje traz importante texto elucidando a nossa construção íntima daquilo que convencionamos chamar de inferno.

É necessário migrarmos da ideia de punição para alcançarmos a benção da regeneração. Um bom começo é a leitura desse texto.

 

 

OS INFERNOS

 

Dos infernos que falavam: Dante, videntes e profetas. Ressente-se o conhecimento de explicações mais completas e contextualizações mais adequadas, sobre tão terrível estado ou lugar, onde as criaturas purgam seus desequilíbrios.

A aparente punição que se lhes imputa àqueles que vagam por essas paragens, como se por decreto Divino fosse sentenciado o ser a tais punições, não se configura verdadeiro, diante das possibilidades permanentes de acesso à porta de saída.

Também não se pode crer, que, quando a estrada da vida é construída de maneira irregular e com terríveis deformações, possa o viajante andar suavemente em sua carruagem, sem sentir os solavancos e trepidações, diante das leis de causa e efeito.

Cada viajor em sua intima jornada, imprime na alma os atos, conceitos e ações de que foram construtores, também dos dramas íntimos que se cristalizaram em suas memórias, levando, portanto, quando parte para outra vida e às vezes já nesta, os ímãs que os atraem para paragem de sua escolha mental.

As densidades infernais por onde transita o ser em desequilíbrio, depende do peso e deturpação das ideias a que se acostuma, assim como das afinidades de energias, que podem ser mais densas ou rarefeitas, conforme o propósito de vida e retidão de caráter: a mão estendida em doação ou em garras usurpadoras.

Diante da cegueira criada nos atos impensáveis, o ser chafurda-se nos interiores lamaçais, impossibilitando a visão da porta de saída, que se descortina no arrependimento, na humildade, no chamado sincero, que propiciaria a limpeza do entorno mostrando a Luz.

Em vez disso, seguem aprofundando os ódios contra a vida e o Ser iluminado, culpando-O da desdita, porque gostam das benesses da vida, mas não de construí-las, exigindo do poder Divino, a colheita de outra semeadura, que não lhe corresponde.

As criações mentais, as facilidades no descaminho, por imprevidência da própria criatura ou daqueles que o devia encaminhar pela trilha iluminada, propicia que o ser adentre em dimensões deletérias, escuras e agressivas; onde campeia a lei da selva, a agressão gratuita, a subjugação hipnótica, aprofundando a degradação do indivíduo.

Rastejando por lamaçais e escarpas inusitadas, pensa a criatura que a luz é coisa de fantasia, por não poder vislumbrar diante de infernos tão temíveis, a possibilidade do amor, do renascer, da imperiosa necessidade de se transformar e alcança-la a um passo de suas mãos.

Tão temíveis infernos, construídos no imo da alma, perpetuam-se nas mentes a vagar por escuros tuneis, tateando as lamas morais de seus moradores, ouvindo gritos e sussurros, lamentos e ameaças, em simbiose impressionante e demência compulsiva.

Não conhece ou reconhece que a vida é vibração, estado emocional, sintonia de sentimentos. Que apenas a mudança de seu dial mental, poderá abrir-lhe opaca estrada, por onde poderá sair à medida de seus esforços, já amparado por mão invisível que o resgataria das sombras.

Aí, após penoso expurgo dos seus atos deturpados e sentimentos daninhos, rendido e desesperado, em grito de socorro despertando para a inadiável reconciliação, percebe o auxílio que sempre esteve a seu lado. Abre-se o caminho por onde é carregado pelos enfermeiros Divinos, para locais arejados e de regeneração.

O inferno que parecia infindável e perpetuo, demonstrou-se estado mental da invigilância, queda intima do desespero, fatalidade da arrogância, que quando sanados, o lamaçal produz flores do otimismo, perfumes no arrependimento e diamantes de lagrimas na humildade.

Aí aparece a mansidão na voz de seres iluminados, a mando do Divino Mestre, que as vibrações deletérias não permitiam vislumbrar. As irradiações por eles emanadas é como balsamo na ferida profunda, acalmando a dor, sarando a chaga moral, como aconchego de mãe amorosa, ante a revolta infantil da criança mimada.

O coração bate feliz, porque a escuridão cedeu lugar para a luz, eliminando os monstros fantasmagóricos que o perseguiam em suas criações mentais de complexo entendimento, saciando seu coração dos afagos do amor incondicional do Criador da vida.

Depara-se com o atraso que se permitiu, nos caminhos de pântanos escolhidos, apesar de avisos, sinais e orientações que desdenhou, porque se deixou seduzir pela aparência da fantasia, mas, apesar disso a competição da vida não lhe negará o soerguimento nem a colheita do que plantará no porvir.

 

ACA

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