PÁNTANOS TREVOSOS

03/03/2011 19:01

O momento de luz desta terça trás uma história mediúnica que evidencia os danos do ódio.

Como é terrível quando o ódio nos toma conta. Neste estado, abandonamos a razão e os que amamos.

Ademais, acreditamos piamente que todos estes se distanciaram de nós. A verdade, muitas vezes, é que somos nós que abandonamos o caminho e entramos no pântano escuro do ódio, do desespero. Assim, ficamos escurecidos pela neblina das paragens trevosas, que buscamos com nossa insensatez.

Os momentos de luz, assim como o relato abaixo, servem para abrirmos o nosso coração para a luz, para o perdão, permitindo, em consequência, sermos ajudados por quem nos ama.

Gotas de luz a todos.

 

 

 PÁNTANOS TREVOSOS

 


Estávamos trabalhando uma família, cuja mãe estava com alguma doença aparentemente degenerativa. A criança já não se levantava da cama.

 

Uma trabalhadora do grupo fazia, habitualmente, com ela um trabalho de energias chamado de  “freqüência de brilho”, como medicina alternativa, embora estivesse a paciente em tratamento medico convencional. Via-se que pouco a pouco sua melhora se acentuava, chegando a ponto de caminhar razoavelmente bem.

 

Também trabalhávamos sua parte espiritual, pois é habitual que os irmãos desencarnados, os quais que nos comprometemos, nos campos físicos e ou emocionais, cujas mazelas do passado persistem, venham nos cobrar, com suas agressões.

 

Aproveitam nossas fraquezas para cobrar a vingança planejada, às vezes por dezenas de anos. Em lamentável vendetta cultivam o ódio que os sustentam, acentuando a deformação física e do caráter, estabelecendo a loucura.

 

Nessa noite de trabalho mediúnico, começamos com todos os trabalhadores mentalizando e sondando a psicosfera da família em questão. Varias vidências, desconexas dos participantes, foram abrindo as portas do labirinto psíquico das criaturas agressoras e dos locais onde se estabeleceram como base de ataque.

 

A vidência denunciava um lugar trevoso. Sob um piso de cerâmica, desgastado pelo tempo, havia vermes escuros em quantidade espantosa, que, como é habitual, seriam para usar nas pessoas à destruir, provocando-lhes doenças que a medicina não saberia tratar.   

 

Era uma quadrilha liderada por um agredido em outra vida, onde a doente de hoje deixou a marca da destruição e morte da família do violento personagem.

 

Já havíamos, em semanas anteriores, tratado e reconduzido alguns subalternos para o refazimento em paragem da espiritualidade trabalhadora do CRISTO. Contudo, este subalterno que recebíamos era extremamente recalcitrante, não abria sua mente para o dialogo, era totalmente magnetizado por seu chefe que, de longe, comandava e manipulava sua mente.

 

Fomos ambientando-o em energias benfazejas, que ele desconhecia e, portanto, para as quais não tinha antídoto. Achava-se dominado para, “segundo ele”, ser derrotado.  Lutava com todas as forças, mas o amor, que ele desconhecia, era irresistível.

 

Afrontou o índio que chegava para ajudá-lo, pois que não tinha medo, mas, pouco a pouco, lhe foi mostrado paragens do passado que ele reconhecia, mostrado familiares. Desta feita, se sensibilizando, queria ir para um lugar assim, onde já fora feliz. O amigo espiritual acolheu-o em seus braços e ele se rendeu em placidez impressionante.

 

Quase instantaneamente, tivemos a presença violenta do algoz-mor. A médium, equilibrada, não se submeteu às tentativas de agressão física que ele dispendia. Com todos os seus músculos retesados, falava guturalmente, perguntando: Que bandidos são vocês que dão apoio a assassinos? Que bruxaria era essa que conseguia dominar seus asseclas? Com que direito adentrávamos suas paragens, virtualmente impenetráveis? 

 

O ódio e a violência eram o alimento deste ser desesperado. Deixamos que falasse, que derramasse sua fúria verbal, limpando assim, em parte, seu coração infestado de ódio.

Ainda assim não queria ouvir, sua pantalha mental de vingança parecia intransponível. Ele delirava, repetindo seus objetivos, bloqueado para o esclarecimento, para o amor ou qualquer debate que pudesse reabilita-lo a racionalizar.

 

Nesse meio tempo, outro médium recebeu uma figura singular!

Achegou-se, mansamente, ajoelhou-se aos pés da criatura e começou a falar de amor, de saudades, dos tempos em que eram felizes juntos: era uma das três criaturas assassinadas pela, agora, vitima das agressões espirituais, que haviam compreendido e perdoado, tomando o rumo da regeneração.

 

Na conversa com a família perdida e reencontrada ainda havia resistências, pois que não conseguia sair da dor, ainda que sua violência houvesse suavizado, não conseguia perdoar. Reclamava ainda que fora abandonado, que só ele se dispusera à vingança justa.

 

No final, a abundancia do amor na sala mediúnica, os pedidos para que os acompanhassem e o fato de que, apesar de perdidos uns dos outros, estes jamais o haviam esquecido, sendo que, na primeira oportunidade em que fora possível conversar, se fizeram presentes para tentar demovê-lo de sua vendetta, fizeram a parte mais importante da rendição do ódio ao amor incondicional.

 

 

ACA

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