PEDACINHOS DA VIDA

31/12/2012 14:47

 

 “Adeus ano velho! Feliz Ano Novo. Que tudo se realize no ano que vai nascer”. Neste finalzinho de 2012, compartilho com vocês Pedacinhos da Vida.

Pedacinhos construídos com amor, com dedicação. Cada um com seu valor, com a sua importância. E quando juntos, lado a lado, tornam-se vida. Vida feliz, harmoniosa, saudável, próspera.

Adeus ano velho! Obrigada! Neste ano que passou, muito aprendi. Um tanto consegui modicar. Nada jogo no lixo, pois tudo me serviu de aprendizado. Algumas coisas, deixarei para trás, pois, já não me servem. Outras, levarei comigo, pois me ajudarão a construir o novo ano que se inicia.

Seja bem vindo ano novo! Comprometo-me a construí-lo dia após dia, dando devida atenção a cada pedacinho da vida.

Boa reflexão!

Andréa

 

 

PEDACINHOS DA VIDA

 

A vida é feita devagar, dia após dia, estruturando semanas e meses.

Para que tanta pressa? Porque não olhar para vida com paciência e compreensão?

Compreender a vida é compreender a nós mesmos. Ter paciência na vida é confiar em Deus e em nós.

A partir do momento que isso acontece em nós, vivenciamos melhor o viver, o aprender. É preciso lembrar, a cada minuto da vida, do verdadeiro objetivo de se estar aqui: o aprender.

Para tanto, se faz necessário o estar atento, o fazer com calma, porque só aprendemos quando nos dispusemos a ser disciplinados e comprometidos. Quando estamos atentos, focados no objetivo. Se não, a vida corre e nada absorvemos.

O viver apressado, sem observar o fazer, sem analisar o que está a fazer, sem re-planejar o que estava a fazer, não adianta de nada. A corrida desenfreada atrás dos prazeres materiais, das obrigações profissionais, das responsabilidades familiares e sociais, sem o observar, sem o refletir, sem o re-planejar quando algo não está saindo bem, não serve de nada.

O prazer material se faz necessário para o fortalecimento do ser. Mas, de que forma? É preciso pensar, refletir. É você que usufrui do prazer ou ele de você? Quando passamos a viver somente para o prazer, não estamos mais no controle. Já não sabemos mais quem somos ou o que estamos a fazer. Deixamos de existir. Passamos somente a ser. A pergunta é: ser o que?

Entregue ficamos aos vícios do prazer. A viver o que está na moda, a viver o que o outro considera legal. Será que o considera ou está como você a seguir o que o outro considera legal? Acabamos por nos perder. Confusos, ficamos por não mais saber o que nos inspira viver.

O lazer é primordial à vida, por isso, o Pai nos presenteou com a criatividade, a arte, os talentos. Por isso, a tanta beleza na natureza, nas relações para inspirar à música, a dança, a poesia. A ausência em nossa vida nos inspira a busca, a fazer.

O produzir é necessário à vida individual e coletiva. Enquanto uns nos alegram com sua dança, outros nos salvam a vida, libertando-nos das doenças. Tantos talentos, tantas afinidades. Assim, construímos a vida profissional e social. Temos responsabilidade com o que escolhemos fazer e oferecer ao outro. Precisamos fazer com amor, com dedicação, pois, a todo o momento, o outro está a depender de nós, do nosso talento, do nosso fazer, assim como estamos a depender do talento e do fazer do outro.

O mais simples serviço oferecido é necessário a toda a sociedade. Se soubéssemos como somos necessários, faríamos melhor o que dispomos a fazer? Se soubéssemos o quanto o serviço do outro nos é necessário, o valorizaríamos? Não o sabemos? Por que então não agimos como se soubéssemos e tratamos melhor quem nos faz? Sem reduções, humilhações ou qualquer outro tipo de agressão. Por que não somos agradecidos?

Do mesmo modo, por que não nos esforçamos para fazer o melhor ao invés de ficar reclamando e fazendo mal feito, distratando a quem nós servimos? Buscar melhorias é justo, transpor a insatisfação na qualidade do serviço que oferecemos é desumano. Por isso, é necessário refletir.

E as famílias? Presente divino. Difíceis ou não, são o nosso tesouro. Precisamos refletir sob nossa responsabilidade de ela estar como é. O que estamos a fazer? Como lidamos com cada membro da família? Estamos a ser um bom membro?

Fazemos parte dela. Somos responsáveis pelo que ela é, pois fazemos parte da sua construção e condução. Isso não quer dizer que um deva se responsabilizar pelos atos dos outros, mas a forma com que agimos direciona o agir do outro. Nossas ações inspiram o outro a refletir.

Caso não consigamos inspirar reflexões no outro, a respeito do agir melhor, do ser melhor, pelo menos, teremos a consciência tranquila de que estamos a nos fazer melhores e a fazermos o melhor diante do outro. E isso é um grande exemplo.

Os bons exemplos são sementes que plantamos e que ao encontrar terreno fértil nascerão. Portanto, lancemos sementes e preparemos terrenos, fornecendo o nosso amor, a nossa dedicação, o nosso companheirismo, a nossa amizade, o nosso respeito. Lembremos que a sociedade é a extensão da nossa família. Façamos o mesmo em relação a ela. Com certeza, um dia, seremos surpreendidos.

Se vivermos de qualquer jeito, sem cuidado, sem reflexão, não poderemos alcançar nossos objetivos. O fazer sem saber o que estar a fazer compromete a nossa encarnação, a nossa possibilidade de sermos melhores, de crescermos, de evoluirmos.

Então, se estamos a trabalhar, observemos o que estamos a construir e o façamos com capricho.  Se estamos a ouvir um amigo, o façamos com toda atenção. Não desviemos o nosso olhar, a nossa escuta, o nosso fazer. Concentremos no que estamos a realizar.

Há momento para tudo: para o lazer, para o trabalho, para o se relacionar. Podemos, até mesmo, fazê-los juntos. Quando escolhemos a profissão que gostamos e nos relacionamos bem, favoravelmente, com quem trabalhamos. Precisamos ser sensatos. Não fazer um em detrimento do outro.

Não só trabalhar e esquecer a família. Não só curtir e esquecer o trabalho. Lembre-se que cada parte da vida é necessária ao nosso ser. Façamos com qualidade e dedicação cada uma delas, entregando-nos ao fazer com carinho, com cuidado, com amor.

Que neste novo ano que se inicia possamos valorizar cada lindo pedacinho de nossa vida. E que sejamos agradecidos a Deus, a vida, ao outro. Que construamos um viver mais feliz, mais harmônico, mais saudável, mais condizente com os ensinamentos do Cristo.

Abraço afetuoso.

Luanda e Andréa

30.12.12

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