O Momento de Luz, através da poesia, chama a todos para um passeio na perfeição da natureza, nas sincronicidades dos ecossistemas.

Esperamos que todos aproveitem e tenham uma ótima semana.

 

 

SAVANAS AFRICANAS

 

Passeando pela relva

Pela beirada da selva

Estava a zebra a acasalar

O elefante passava

Quando de soslaio olhava

Deixando a coisa rolar

 

De junto do mato verde

Onde a vista se perde

O leão estava espreitando

O empala estava arisco

Dando para o filho o petisco

Dando de mamar andando

 

Capim amarelo e alto

Onde prepara o assalto

O leão espera paciente

Para atacar de surpresa

Fincar fundo sua Pressa

No empala inocente.

 

Como o leão é social

Caça em grupo o animal

Tinha a turma preparada

Enquanto a caça corria

Num salto ela morria

Pela leoa emboscada.

 

A girafa lá do alto

Teve um bruto sobressalto

Vendo a seu lado a morte

Começou a distanciar-se

Pé no chão ate cansar-se

E não brincar com a sorte

 

O sol estava inclemente

O chão quase incandescente

Necessário era beber

O gnú ia para a água

Beber no charco um trago

Com risco de perecer.

 

A violência à espreita

Na descida muito estreita

Onde o crocodilo mora

Num bote mui violento

As mandíbulas ao vento

E o gnú pulou na hora.

 

Quando o capim escasseia

O gnú, a cabra e a zebra

Migram atrás de pasto verde

Na caminhada infindável

Um rebanho formidável

Alguém para a fera se perde

 

Estava escrito na lei

Como palavra de rei

Parece até uma vileza

Morrer para outro viver

O medo os faz sofrer

É a lei da natureza

 

Quanto sorriso no pasto

Achado o tenro repasto

Nasce o frágil filhote

Voltaram as suas terras

Onde fugiram das feras

Ganhando delas no trote

 

Chegava um bando de hienas

Sem parcimônias nem penas

Rosnando e rindo dos tolos

Rouba o antílope abatido

Do guepardo e dos filhotes

Ficando com fome, todos.

 

Os búfalos destemidos

Enfrenta em grupo, unidos.

O ataque destas feras

Sem canoa e sem barco

Metidos dentro charco

Fazendo o grupo, uma esfera.

 

No território selvagem

Vivendo nestas paragens

O hipopótamo é o rei

No charco dentro do rio

Mesmo o crocodilo no cio

Mas tamanho, dita a lei

 

Andando bem disfarçado

O leopardo malhado

Busca sua refeição

Foge com ela para o alto

Subindo a arvore num salto

Comendo na solidão

 

O rebanho vive agitado

Sabem que por todo lado

Tem uma fera escondida

Usam o ouvido e o faro

Fazem uso do preparo

Para ganhar na corrida

 

Leão, leopardo e hiena

Guepardo e raposa pequena

Matar é a sua vida

Para criar seus filhotes

Na emboscada ou no trote

Tem de buscar a comida

 

ACA