TRAMAS DOS GALINÁCEOS
O poeta, hoje, relata um dia lindo de verão em que, a beira do seu jardim, observa a beleza da relação dos animais.
Nela, temos o surgimento da vida e o reflexo em todos.
Que a natureza continue nos ensinando sempre.
Paz.

TRAMAS DOS GALINÁCEOS
Estava triste e pensativo
Num dia lindo de verão
O relax me dava sono
Na beira do meu jardim.
Pequenos porcos da índia
Galináceos e pavões
Da grama, eram os vilões.
Belo estudo, para mim.
A flor do canto da varanda
Vigiava mui atenta
Intermediava a contenda,
A competição pela grama.
Em certa hora se ouviu
O grito alegre da penosa
Dizendo alegre e airosa
Botei um ovo bacana.
No canto bem escondido
Onde fora feito o ato
Fui ver estava de fato
Uma vida adormecida.
Debaixo da samambaia
Na sombra da parede
Escondido junto à sebe
Engendrava-se uma vida
Dentro da casa caiada
Parede de cálcio puro
Ouvia-se um murmuro
Da formação de um ser.
Milagre da natureza
Dando oportunidade
No mato ou na cidade
A vida pode acontecer
Tendo noticias do ato
Os pavões com inveja
Adentram tristes, o brejo.
No alto de suas plumas.
Arrogante e prepotente
O colorido do macho
Não lhe dá poder, eu acho!
Nem preferência nenhuma
Vejam vocês que contraste
As tramas que a vida faz
Num instante mui fugaz
Energias Saem do leito
Um feliz, o outro triste.
Por conta de um simples ovo
Quando se amaram de novo
E se olharam com respeito.
Ao cabo de poucos dias
Não sei se de raiva ou tristeza
O lindo casal perece
Talvez por falta de sorte.
Começou baixando a crista
Olhando só para as patas
Por estar longe das matas,
Era presságio da morte.
ACA
