TRAMAS DOS GALINÁCEOS

14/06/2013 07:06

O poeta, hoje, relata um dia lindo de verão em que, a beira do seu jardim, observa a beleza da relação dos animais.

Nela, temos o surgimento da vida e o reflexo em todos.

Que a natureza continue nos ensinando sempre.

Paz.

 

 

TRAMAS DOS GALINÁCEOS

 

Estava triste e pensativo

Num dia lindo de verão

O relax me dava sono

Na beira do meu jardim.

Pequenos porcos da índia

Galináceos e pavões

Da grama, eram os vilões.

Belo estudo, para mim.

 

A flor do canto da varanda

Vigiava mui atenta

Intermediava a contenda,

A competição pela grama.

Em certa hora se ouviu

O grito alegre da penosa

Dizendo alegre e airosa

Botei um ovo bacana.

 

No canto bem escondido

Onde fora feito o ato

Fui ver estava de fato

Uma vida adormecida.

Debaixo da samambaia

Na sombra da parede

Escondido junto à sebe

Engendrava-se uma vida

 

Dentro da casa caiada

Parede de cálcio puro

Ouvia-se um murmuro

Da formação de um ser.

Milagre da natureza

Dando oportunidade

No mato ou na cidade

A vida pode acontecer

 

Tendo noticias do ato

Os pavões com inveja

Adentram tristes, o brejo.

No alto de suas plumas.

Arrogante e prepotente

O colorido do macho

Não lhe dá poder, eu acho!

Nem preferência nenhuma

 

Vejam vocês que contraste

As tramas que a vida faz

Num instante mui fugaz

Energias Saem do leito

Um feliz, o outro triste.

Por conta de um simples ovo

Quando se amaram de novo

E se olharam com respeito.

 

Ao cabo de poucos dias

Não sei se de raiva ou tristeza

O lindo casal perece

Talvez por falta de sorte.

Começou baixando a crista

Olhando só para as patas

Por estar longe das matas,

Era presságio da morte.

ACA

Facebook Twitter More...