TRISTES PANTANAIS
Apresentamos, para iniciar a semana, um Momento de Luz que nos leva à reflexão de como lidamos com o poder e com as posses.
Em poesia inspirada, temos um convite de encontro ao nosso templo interno, que nos leva à origem e ao exemplo de Jesus.
Encontremos.
Ótima semana para todos.
TRISTES PANTANAIS
Nas noites do tempo que a lembrança acode
Borbulha na mente de meus pantanais
A vida nos templos de triste memória
Gravando na historia lembranças fatais.
A túnica infame de vil monge negro
No ouro o apego e poderes demais
Criando desgraça para humildes gentios
Usando o poder em atos venais
As tristes canções que o povo cantava
Espantando a tristeza dos pobres quintais
Lembravam o tempo da muita desdita
Traziam nos versos desgostos morais.
Entre fortes paredes de templos infames
Em luxos da corte, imensas catedrais
Desfilam as trevas com mantos dourados
Tratando excluídos como animais.
Com poder terreno dizendo-se justos
Castas pavoneiam a força de Deus
Mas suas entranhas inundas de ódios
Parecem demônios afrontando os Céus.
Os choros rebatem na porta dos templos
E não são ouvidos no trono do poder
As gentes chorosas em grão desespero
Vivendo tristezas de grande sofrer.
Nos dias de culto, que os sinos chamam
O medo nas almas, de joelhos adoram
Nunca saberemos no repicar lamentoso.
Os Deuses chamam ou os sinos choram?
Voltar às origens e conhecer Jesus
Confianças nos homens geraram a dor
Disfarçados de santos, criaram estigmas
Que são condenados por nosso senhor.
Aqueles que um dia usaram da farsa
Gravadas na historia, nos livros do céu
Hoje são pedintes de misericórdia
Vivendo a discórdia, de almas ao leu.
ACA