UMBRAL INTERIOR

31/03/2011 10:36

A capacidade de criarmos verdadeiros céus e verdadeiros infernos. A poesia desta segunda busca o nosso coração, instalando o amor, margeando a emoção e penetrando na alma.

Com a ferramenta do amor, podemos reformar o nosso interior, e viver em estados de consciências divinos.

Uma semana de muita luz e amor para todos.

 

 

UMBRAL INTERIOR

 

o engano do ser que se perde pela vida

adentrando nos umbrais ainda no corpo

almeja encontrar o céu na eternidade

não percebendo que vivo já esta morto

 

que a morte é silêncio lúgubre em si mesma

fechando-se lentamente em casulo senil

não percebendo deus em seu entorno

caminhando pela vida na maldade vil

 

não reconhece, mas ele é tormento

enchendo o ego de sua falsa moral

luta intensamente contra os liames da vida

a sua tortura é destrutivo temporal

 

chafurda na lama de miasmas densos

criando para si sentidos lamentos

de gritos que assombram por lepra dolorida

de ausência do cristo faminto e sedento

 

perdido na senda do ouro e da prata

comprava o amigo o prazer e o brilho

depois, nas cavernas dos degradados

não acha a estrada, o barco nem o trilho

 

sua vida transforma em noites escuras

os gritos denotam seu vil desespero

atravessando os pântanos da sua desdita

sem proteção sem amparo e com medo

 

o frio e a fome é companhia diária

diante da dor se instala a loucura

ainda assim não lembra de orar a deus

para que lhe mande o amor e a doçura

 

os seres divinos estendem-lhe os braços

para que consiga sair do atoleiro

mesmo perdido em delírios internos

recebe o afago dos bons companheiros

 

o amor instalado com o afago divino

margeia a emoção e penetra na alma

o arrependimento é dor incontida

e se submete humilde e com calma

 

ACA

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