UMBRAL INTERIOR
A capacidade de criarmos verdadeiros céus e verdadeiros infernos. A poesia desta segunda busca o nosso coração, instalando o amor, margeando a emoção e penetrando na alma.
Com a ferramenta do amor, podemos reformar o nosso interior, e viver em estados de consciências divinos.
Uma semana de muita luz e amor para todos.
UMBRAL INTERIOR
o engano do ser que se perde pela vida
adentrando nos umbrais ainda no corpo
almeja encontrar o céu na eternidade
não percebendo que vivo já esta morto
que a morte é silêncio lúgubre em si mesma
fechando-se lentamente em casulo senil
não percebendo deus em seu entorno
caminhando pela vida na maldade vil
não reconhece, mas ele é tormento
enchendo o ego de sua falsa moral
luta intensamente contra os liames da vida
a sua tortura é destrutivo temporal
chafurda na lama de miasmas densos
criando para si sentidos lamentos
de gritos que assombram por lepra dolorida
de ausência do cristo faminto e sedento
perdido na senda do ouro e da prata
comprava o amigo o prazer e o brilho
depois, nas cavernas dos degradados
não acha a estrada, o barco nem o trilho
sua vida transforma em noites escuras
os gritos denotam seu vil desespero
atravessando os pântanos da sua desdita
sem proteção sem amparo e com medo
o frio e a fome é companhia diária
diante da dor se instala a loucura
ainda assim não lembra de orar a deus
para que lhe mande o amor e a doçura
os seres divinos estendem-lhe os braços
para que consiga sair do atoleiro
mesmo perdido em delírios internos
recebe o afago dos bons companheiros
o amor instalado com o afago divino
margeia a emoção e penetra na alma
o arrependimento é dor incontida
e se submete humilde e com calma
ACA