VIDA DA FLORESTA
A vida na floresta é uma ode à própria vida.
A poesia de hoje homenageia, portanto, a grande construção de Deus, ou seja a VIDA.
Cada detalhe é importante para que outro detalhe surja, havendo uma interdependência do mínimo com o todo. Saibamos que também somos um destes detalhes e busquemos o todo.
Um vida linda para todos nós nesta semana.
VIDA DA FLORESTA
Som da floresta
Difusa e mal amanhada
Aves lindas emplumadas
Aquecendo-se ao sol.
Nas altas ramas
Difundiam seus gemidos
Chamando filhos perdidos
Repicando belos sons.
Os arvoredos
Espalhavam seu perfume
Retendo a força do lume
Que o sol tropical irradiava.
Na mata densa
Desta imensidão de verde
Quem não conhece se perde
Conhecendo se extasiava.
Os periquitos
Escondidos na floresta
Faziam bonita festa
Pelo dia a chilrear.
Na flor do vento
Os bandos de aves raras
Tucano, gavião e araras
Mostravam-se a passear.
O rio ao longe
Descendo por manso leito
Sua força metia respeito
Invadia vasta floresta.
A bicharada
Que não podia voar
Sentia invadir seu lar
Acabando com a festa.
Eles sabiam
Que a injeção de novo sangue
Trazia vida ao mangue
Alimentando a imensidão.
Na retirada
Destas águas invasivas
Fazia nascer mais vidas
Até a nova monção.
O canto ao longe
Chamava pela parceira
No chão uma bela esteira
Nas folhas de mato um lar.
Os namorados
Faziam casas de palhas
E elaboradas batalhas
Querendo acasalar.
ACA