VIVÊNCAS MEDIÚNICAS (28)

17/02/2011 15:31

A nossa vivência mediúnica desta quinta se debruça sobre a ciência.

Termos como neurotransmissores, hipocampo, sistema límbico, hipotálamo, neuroendocrinoimunologia, psiconeuroimunoendocrinologia, evidenciam um sistema, que somos todos nós, perfeito.

Esta perfeição também é refletida na melhor solução para os desequilíbrios deste sistema: o amor.

 

 

 

VIVÊNCAS MEDIÚNICAS (28)

 

Continuando com o nosso tema, visto o Espiritismo ser uma tríplice dourina, baseada na filosofia, ciência e religião, vamos abordar hoje acerca dos aspectos científicos, da interação corpo-mente.

 

O corpo material, como veículo carnal, tem suas funções coordenadas por um complexo sistema no cérebro, que atua sobre as glândulas, vasos, vísceras e demais órgãos, direta ou indiretamente, ainda que muitos tecidos ou órgãos tenham alguma atividade relativamente independente. Mas, este nosso encéfalo é comandado pelo espírito, que tem um outro corpo: o perispírito, composto também por órgãos, e um cérebro, que pensa, isto é, processa as informações do espírito e esta é a nossa “mente real”.

Do nossa “mente”, temos um vislumbre apenas, visto não termos acesso sobre todos os conteúdos do cérebro perispiritual no estágio evolutivo em que a maioria de nós se encontra.

 

As memorias produzidas enquanto encarnados, e em vigília, são armazenadas em regiões do cérebro, algumas permanentes, outras transitórias. Essas informações passam ao perispírito, que já tem muito mais “memórias” acumuladas, e que por vezes vem à tona (insconsciente tornando-se consciente); portanto há uma via de mão dupla nesse processamento de informações entre os corpos e os níveis de consciencia.

Essas informações são pertinentes porque elucidam alguns processos pelos quais passamos, encarnados e desencarnados, em relação à muitas disfunções e doenças, e as memórias das mesmas. Experiências muito fortes ou traumáticas, geram marcas memorizáveis à nível celular, nos corpos físico e perispiritual, e o exemplo mais recente nessa série de relatos é o do amigo tísico (ver vivências mediúnicas 26).

 

O sistema imunológico é o sistema principal de defesa do organismo, pois é responsável pelo reconhecimento de um agente estranho, pelo disparo de mecanismos destinados a eliminá-lo e por adquirir imunidade contra suas futuras agressões, pois a memorização do fato proporciona uma resposta mais rápida e eficiente, e esta é a base das vacinas.

 

Há um monitoramento contínuo do organismo, com sistema de defesa em prontidão, contudo ele não é totalmente autônomo, pois que é também  controlado pelo sistema nervoso central que se comunica com os órgãos do sistema imunológico através de terminações nervosas, que liberam substâncias químicas (neurotransmissores e alguns hormônios) nas células ou no sangue.

 

Diversas áreas do sistema nervoso central estão relacionadas com esta função: o córtex cerebral (funções cerebrais superiores), o hipocampo (processos de memorização), o sistema límbico (nas respostas emocionais), o hipotálamo (conexão com o todo sistema endócrino e o comportamento), e o tronco cerebral (centros de controle autônomo de diversas funções).

 

As células do sistema imunológico, que se utilizam de outras substâncias químicas que têm a capacidade de agir sobre o sistema nervoso central, modulando uma série de funções.

O sistema endócrino também apresenta importantes relações com o sistema imunológico, e um exemplo é o do cortisol, hormônio das suprarrenais, liberado durante o estresse, que tem ação imunossupressora.

O estudo destas relações entre esses sistemas define um campo de conhecimento chamado de neuroendocrinoimunologia.

Quando a integração destes três sistemas leva em conta os estados psicológicos, as doenças psiquiátricas e as alterações do comportamento, aplica-se o Psi, e surge, assim, a psiconeuroimunoendocrinologia, nome extenso, mas correto.

 

Observemos as alterações de comportamento durante processos infecciosos e imunológicos: quando padecemos de uma infecção ou alteração imunológica intensa (após vacinação), nos tornamos mais quietos, precisamos de repouso, dormimos mais, nos alimentamos menos e temos menor disposição para as coisas em geral pois nos cansamos mais facilmente. Isto significa que, em princípio, estamos economizando energia, que se tornará disponível para o combate da infecção.

Por outro lado, é comum a presença de disfunções no sistema imunológico nas depressões, o indivíduo não está simplesmente deprimido mentalmente, mas também deprimido imunologicamente!

 

O estresse agudo é imunoestimulante, produzindo adrenalina, prolactina e hormônio do crescimento em contraposição à produção de cortisol, que é imunossupressor, contudo o estresse crônico, por se caracterizar por elevação continuada do cortisol, sem elevações equivalentes da adrenalina e dos demais hormônios, é principalmente imunossupressor.

Lembremos que revolta, medo, angústia, tristeza, irritabilidade e mágoa são reconhecidos por esses sistemas como estressores, e quanto mais nos demoramos nessas situações, comprometemos mais nossa saúde integral.

 

É, portanto, a psiconeuroimunoendocrinologia um fascinante campo de estudo, pesquisa e aplicação clínica que faz parte deste vertiginoso processo de integração de sistemas isolados em sistemas complexos, característica fundamental do desenvolvimento científico do Terceiro Milênio.

 

A meditação, a reflexão pacífica e criativa, a arte e a oração são equilibrantes desses sistemas de controle e defesa do organismo em todas as suas dimensões, sendo o principal remédio o Amor.

 

 

Até breve, e uma semana com muita PAZ para todos nós.

Francesca Freitas

17-02- 2011

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