VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (16)

11/11/2010 01:26

Mais um texto que nos acompanha pelos caminhos da Mediunidade e pelos trabalhos da CACEF.

Esperamos que todos gostem.

 

VIVÊNCIAS  MEDIÚNICAS (16)

  

Relato hoje mais um dos atendimentos peculiares realizados em reunião mediúnica da nossa querida Cacef.

Estava eu junto à médium, ambas vibrando para ampliar nossas percepções, quando ela sentiu um impacto, e me disse, é alguma “coisa ruim”, não sei se vou aguentar! Em prece solicitamos auxílio aos mentores do trabalho, e daí a médium que é semiconsciente me pareceu entrar num sono profundo, seguido da manifestação de um espírito animalizado. Inicialmente “urrava”, sem conseguir expressão vocal adequada, e depois de passes envolvendo a criatura, foi se acalmando e comunicou-se. Achava-se numa espécie de calabouço escuro, preso, acorrentado, e dizia que mereceu esse castigo. 

Visualizei seu corpo doente e transformado, sua expressão de dor e a luta mental que travava: ao mesmo tempo em que sua alma pedia ajuda, também acreditava merecer todo aquele sofrimento de mais de um século.

Essa condição já durava tanto tempo que nem se lembrava exatamente do porque estava ali, do que tinha feito, contudo sabia que cumpria uma pena.

Avisou-me que não poderia ser visto comigo ou com os companheiros desencarnados que já estavam no local, pois o carcereiro iria lhe castigar.

Intuitivamente recebendo as instruções dos mentores, fui livrando-o das correntes e lhe orientando que sua “pena” tinha acabado, que não existia um “cumprir pena para sempre”. Amparado e praticamente carregado, pois ele não conseguia ficar em pé, fomos percorrendo um longo caminho ascendente, de pedras escuras, e com o auxílio dos irmãos conseguiu chegar à saída.

 

 

Esse espírito, agora aliviado, sentia-se amparado pela misericórdia divina!

Percebia a transformação no seu perispírito, ainda com algumas deformidades, mas já com uma aparência humana, já se sentindo como uma pessoa, ainda que com pensamentos entrecortados, sem uma consciência  lógica presente.

Ao vê-lo partir, muito agradecido, a médium e eu, ambas às lagrimas, refletimos sobre o atendimento. Estava muito emocionada com a ajuda que pode proporcionar ao espírito que inicialmente rejeitou devido à densidade vibratória e à aparência repugnante daquela ser. Contudo no seu íntimo, era mais um filho de Deus transviado  do caminho, e Ele nunca nos abandona!  

Conversamos sobre o poder transformador do amor e da misericórdia divina.

 

Não cabia julgar, não era a hora de pensar no porque, o que ele exatamente fez para estar ali, quando e etc., e sim de estar ali para servir.

Aprendi muito com esse colega de humanidade, vizinho de planeta, e seguirei na próxima semana tecendo alguns comentários sobre as transformações “perispíriticas” que animalizam.

Seguem um pequeno trecho esclarecedor do livro Mecanismos da Mediunidade, de Chico Xavier e Waldo Vieira, pelo espírito André Luiz:

“ É nessa projeção de forças, a determinarem o compulsório intercâmbio com todas as mentes encarnadas ou desencarnadas, que se nos movimenta o Espírito no mundo das formas-pensamentos, construções substanciais na esfera da alma, que nos liberam o passo ou no-lo escravizam, na pauta do bem ou do mal de nossa escolha.

Isso acontece porque, à maneira do homem que constrói estradas para a sua própria expansão ou que talha algemas para si mesmo, a mente de cada um, pelas correntes de matéria mental que exterioriza, eleva-se a gradativa libertação no rumo dos planos superiores ou estaciona nos planos inferiores, como quem traça vasto labirinto aos próprios pés.”

 

E despeço-me hoje repetindo as palavras proferidas com o coração por Emmanuel ontem neste blog:

Segue construindo esperança e amor em auxílio a todos.

Todos os companheiros da Humanidade são nossos irmãos perante as leis da vida.

Para edificar, entretanto, não te escravizes. Ama e serve sem apego.”

 

 

Muita Paz para todos nós.

Francesca.

10/10/2010

Facebook Twitter More...