VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (19)

09/12/2010 14:54

A vivência mediúnica desta semana relata um caso de família. Como este laboratório de experiências (a família) nos é propício para o aprendizado em relação ao orgulho e ao perdão. Enfim, para o aperfeiçoamento do ser.

Um dia maravilhoso a todos.

 

VIVÊNCIAS  MEDIÚNICAS (19)

 

Hoje relatarei um atendimento feito recentemente, cujo conteúdo esbarra nas relações familiares, geralmente complexas e com sutilezas peculiares à cada grupo.

Logo após a vibração, a médium entrou em contato com um espírito que se esgueirava atrás de uma árvore e parecia querer ser visto. Percebeu minha presença e perguntou por que eu estava ali, ao que respondi que tinha percebido sua presença frequente naquele local e desejava conversar com ele. Ele disse que estava ali para observar, demonstrando uma grande mágoa na sua expressão. Pedia para que eu falasse baixinho, pois não queria que soubessem da sua presença. Foi se aproximando de uma casa, uma antiga construção, típica de área rural, envelhecida e envolta numa vibração densa, com uma larga varanda na frente.

Ficou de lado, olhando por um dos janelões de vidro e madeira, tentando achar alguém dentro da casa.  

Dizia: eu sei que ele está aqui, mas não o vejo, e venho sempre observar sua expressão endurecida, sabendo que ele está só, depois de tudo que aconteceu.

Fomos dialogando. Disse-me que tinha saído daquela casa, praticamente expulso pelo pai, depois de discutirem a muitos anos atrás, e que voltava de quando em vez para observá-lo.

Ficava vendo quanto sozinho seu genitor estava, triste, solitário, contudo ainda com a aparência de orgulho e poder. Pedi que adentrásemos a casa, já que não o víamos pelas janelas.  Abrí a porte e, mesmo relutante, aquiesceu.  Percorremos uma sala, até entrarmos num cômodo: uma copa, onde estava um corpo rígido numa cadeira de balanço, era o seu pai, um senhor muito grisalho, com rugas profundas, barba longa e malcuidada, e com uma expressão de terror nos olhos, como que petrificado!

Ao ver o filho foi, aos poucos, relaxando. Levou a mão ao coração, que ainda doía. Naquele momento foi o filho que ficou muito assustado, e disse: ele estava morto na cadeira, deve ter morrido do coração e como é que ele me vê? Será que tambem eu estou morto?

Ambos, envolvidos nas vibrações amorosas da equipe socorrista presente, foram se acalmando e o filho de disse: “compreendí tudo agora, já estava morto e vinha vê-lo na solidão em que estava, tinha vontade de me vingar, de dizer a ele muitas coisas, mas tambem tinha saudade”.

O pai ainda atordoado, apenas enxergava o filho, que o abraçou. Neste momento, visualizei seu espírito a despreender-se daqueles instantes finais de dor e mêdo, quando lembrou-se do filho amado, e que por orgulho não teve a oportunidade de reconciliação.

 

O filho sentiu que o conceito de morte, conhecido e distorcido, não era real e, emitindo já vibrações amorosas, o perdoara.

Acabamos o atendimento com mais um aprendizado sobre reconciliação e família, sobre o orgulho e a falta de diálogo.

Deixo para todos refletirem acerca desse tema que retomaremos na próxima semana.

 

MUITA PAZ PARA TODOS NÓS!

Francesca Freitas

09/12/2010

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