VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (34)

31/03/2011 09:53

A vivência mediúnica desta quinta desenvolve a inquietação de se basta, apenas, termos um propósito nesta vida ou devemos perceber o conteúdo deste propósito.

Temos o relato de uma existência vinculada ao único propósito da vingança, do ódio, da dor alheia. Quais as razões para perpetuarmos sentimentos negativos no nosso campo?

O interessante é que apenas uma fagulha de amor é capaz de re-significar toda uma vida, direcionar todos os nosso propósitos, possibilitar a cura.

Amemos então.

Muito amor para todos vocês.

 

 

 

VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (34)

 

 

 

Relatarei hoje um atendimento, cujo teor final se assemelha a muitos outros realizados na nossa reunião mediúnica, e que, no fim, demonstra alguns aspectos relacionados às vivências descritas nas semanas anteriores.

Estava neste dia trabalhando com um médium semiconsciente, e que, possivelmente por isso, foi programado para realizar este atendimento. Ao me dirigir ao mesmo com uma ficha, percebi que já havia algum movimento na sua psicosfera, pois foi se acomodando de um jeito estranho na cadeira, desconfortável e exasperado.

A equipe socorrista espiritual se aproximava, como pude perceber na minha tela mental, com um espírito em “crise” e aquele era um momento favorável para seu atendimento, pois que havia uma espécie de brecha nas suas ondas mentais.

Visualizava um espírito rude, forte, de grande estatura e muito agressivo, contido numa espécie de “camisa de força”, sutil onde ele se debatia. Dois enfermeiros (desencarnados) estavam ao seu lado e quando houve a conexão maior com o médium, este “urrava”, como que tentando desvencilhar-se da contenção.

Após um passe e a vibração em prece, articulou algumas palavras até que conseguiu se exprimir dizendo repetidamente: “tenho ódio, sou cheio de raiva, vou acabar com eles, tenho ódio....”

Parecia uma gravação ininterrupta, que foi se abrandando. As poucos, percebeu onde estava. Olhava para os lados, como que observando o ambiente desconhecido e disse: porque estou aqui ?, - não quero, meu coração é cheio de ódio......

Percebi que a contenção que usava estava mais frouxa, pois pôde movimentar os braços, depois as mãos. Ele se olhava com certa estranheza, como se, naquele instante, tomasse alguma consciência corporal, isto é, do seu corpo perispiritual.

Alguns diálogos curtos eram seguidos por instantes em que queria retornar àquele ciclo, espumando e falando a palavra ódio. Num deles perguntou:   vocês me trouxeram para cá para me afastar deles ? estão querendo defender a eles, os miseráveis? Vou me vingar...., não preciso de ninguém nem de nada pois tenho meu ódio comigo!

Como sua agressividade e violência não tiverem ressonância, apaziguou-se, inclusive com o esclarecimento de que estávamos ali naquele instante para estar com ele. Não sabia de onde estava vindo, nem, muito menos, quem eram “eles” ou as motivações da sua vingança. 

Desconfiado, passou a me perguntar algumas coisas sobre a suposta família que perseguia e percebeu que eu estava falando a verdade, o que foi lhe desarmando aos poucos, pois estávamos ali não para convencê-lo de nada, apenas para compartilhar com ele da misericórdia Divina, pois todos nós, tanto ele e quanto eu mesma, tínhamos problemas e dores, e nosso Pai Maior sempre olhava para os que sofriam.

Neste instante foi tocado por uma dor que negava, e colocou a mão no peito. Parecia uma ferida aberta e enegrecida. Auxiliado com passes, foi soltando aquelas densos miasmas pelo chacra cardíaco, e, em seguida,  também expelindo pela boca, como se vomitasse energias deletérias.

Relatou estar muito cansado e que se sentia vazio: tem um buraco no meu peito.... se não for perseguir a eles, o que vou fazer ? Estou me vingando há muito tempo, este é o meu propósito e você não pode tirá-lo.

Buscando o auxílio da prece, percebi a presença de uma senhora muito luminosa à aproximar-se dele. Já era possível algum contato e ele a escutou: você esqueceu de mim e dos seus filhinhos?

Aos poucos foi recordando a família desencarnada já há alguns séculos e, quando relembrou da morte violenta dos mesmos, percebi que ia entrar novamente naquele processo de auto hipnose negativa.

Perguntei-lhe se daria mais alegria a sua família estar próximo a eles ou estar afastado de todos durante tanto tempo. Uma vibração de pura saudade foi tomando seu coração e percebi que os enfermeiros colocaram remédios nesse chacra, envolvendo sua cabeça com uma espécie de gaze tênue e brilhante. Depois disso dormiu. O vi sendo retirado do recinto numa maca em direção ao hospital da Cacef, com os dois enfermeiros e aquela alma nobre cujas preces foram de alguma maneira atendidas.

 

Na próxima semana continuaremos com esta história, que no desdobramento do sono daquela noite pode ser mais desvelada. Mas, não posso deixar de comentar hoje sobre o tema Propósito de Vida, pois não basta apenas ter um propósito, é preciso ter o propósito correto. 

 

Encerro hoje com a frase perolar do Chico Xavier:

Tudo é amor. Até o ódio, o qual julgas ser a antítese do amor, nada mais é senão o próprio amor que adoeceu gravemente”.

                                                                                            

Boa semana e Muita PAZ para todos nós.

 

Francesca Freitas

30-03-2011

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