VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (46)

26/06/2011 18:29

A vivência mediúnica traz a experiência do tormento de um trabalhador frente os seus medos.

Desenvolvendo a história, podemos perceber a necessidade da constante educação dos nossos sentimentos e do autoconhecimento necessário para as situações diárias de enfrentamento das nossas sombras.

O olhar para si mesmo, a princípio, pode até ser doloroso, mas, no caminhar, percebemos que a dor, na realidade, nunca existiu, sendo mero mecanismo para evitar o “desconhecido conhecido”.

A proposta do texto é que aceitemos este “desconhecido” e aprendamos a cada dia.

Ums semana de muitas descobertas para todos nós.

 

 

 

 

VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (46)

 

 

Comentarei hoje um atendimento muito interessante, que se desdobrou posteriormente, e que cuja história possivelmente nos remeta a situações já vivenciadas no nosso meio espírita.

Num dia de trabalho mediúnico, uma trabalhadora já chegou à casa sentindo-se “mal”, com sintomas gerais e vagos, tais como cansaço, dificuldade de concentração, irritabilidade e tristeza.  Aos poucos foi modificando sua psicosfera com a oração e o passe invisível dos mentores do trabalho, esforçando-se para harmonizar-se com a ambiência preparada com antecedência pela espiritualidade amiga. 

Foi orientada a manter-se em oração, mas um breve descuido e foi tomada por uma enorme sensação de medo, contraindo as mãos e desequilibrando-se emocionalmente. Percebi a presença de um espírito raivoso procurando acerca-se dela, mas como não podia aproximar-se diretamente, emitia formas pensamento tenebrosas com imagens de criaturas terríveis, que ela captava na tela mental.

Um mentor amigo me esclareceu que este espírito já esteve muito próximo da médium e era um antigo desafeto de encarnação pretérita.

Na sua infância e juventude foi a causa de muitos pesadelos, ao projetar cenas de perseguição no sono e que a acordavam aterrorizada.

A falta de esclarecimento, por absoluto desconhecimento da família, acerca de questões espirituais, além de comentários jocosos sobre o seu sono inquieto, não a auxiliaram na resolução do problema.

Tornou-se um pessoa “medrosa” em questões relacionadas a quaisquer figuras que relembrassem as imagens gravadas no inconsciente, “os monstros” projetados, a despeito de ser muito decidida e corajosa em outras questões da vida terrena.

Com o estudo espírita, a oração regular e o desenvolvimento mediúnico gradual, a entidade afastou-se, pois não mais havia sintonia.

Por circunstancias do dia-a-dia, próprios de um espírito encarnado, num período de stress, a invigilância oportunizou um ataque desse espírito arrogante, controlador.

Enquanto orava ao seu lado, pois ela dizia estar com uma enorme sensação de medo, que a inundava, recebeu passes magnéticos e um trabalhador espiritual fez uma espécie de limpeza na sua “tela mental”, desligando vários longos fios atados à imagens dantescas, que logo depois se desfaziam em uma espécie de poeira escura.

Passado algum tempo, a médium estava calma, sentindo-se amparada e confiante. Depois deste episódio, trabalhou normalmente na atividade mediúnica, auxiliando a diversos irmãos.

 

Percebi o quanto temos que nos trabalhar, todos nós, observar dentro de si as sombras e os medos, pois é através dos pontos frágeis da psique que os espíritos mais atrasados constroem suas pontes.

Nem todos conseguem sozinhos resolver o problema do Medo, do medo irracional, avassalador e desequilibrado, com toda sensação de angústia e fragilização que provoca. Justamente por isso muitas pessoas necessitam também de apoio psicológico, contudo o pedido de ajuda é pessoal, pois trata-se do livre-arbítrio.

Encerro com essa bela oração de Emmanuel, onde podemos acrescentar nosso pedido para nos fortalecermos e enfrentarmos os medos não evolutivos:

 

“Nosso Pai, que estás em toda parte;
Santificado seja o teu nome, no louvor de todas as criaturas;
Venha a nós o teu reino de amor e sabedoria;
Seja feita a tua vontade, acima dos nossos desejos;
Tanto na terra, quanto nos círculos espirituais;
O pão nosso do corpo da mente dá-nos hoje;
Perdoa as nossas dívidas, ensinando-nos a perdoar nossos
devedores com esquecimento de todo mal;
Não permitas que venhamos a cair sob os golpes da tentação de nossa
própria inferioridade;
Livrai-nos do mal que ainda reside em nós mesmos;
Porque só em ti brilha a luz eterna do reino e do poder,
da glória e da paz, da justiça e do amor para sempre!
Assim Seja.”

 

MUITA PAZ para todos nós.

Francesca Freitas

22/06/2011

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