VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (55)

01/09/2011 06:46

Na Vivência Mediúnica desta semana, fica clara a necessidade que todos têm de ver sua humanidade reconhecida.

Para tanto, é imprescindível reconhecermos a nossa humanidade, ou seja, a nossa falibilidade no dia a dia. Seja qual for a função que estamos exercendo em determinado momento de nossas vidas, também temos dificuldades no nosso crescimento, também estamos carregados de erros.

Assim, somos capazes de sempre reconhecer o outro como um igual, humano como nós, propiciando uma compaixão transformadora nas nossas relações.

Um dia de muita luz para todos.

 

 

VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (55)

 

Hoje partilharemos mais uma história colhida na nossa atividade mediúnica.

O trabalho decorria calmamente, até que certa inquietação percorreu a médium. Estávamos num pequeno intervalo, sem ficha de atendimento naquele momento, quando percebi a presença de muitos espíritos inquietos e raivosos aproximarem-se.

Depois de breves minutos, um deles, com psicosfera carregada de raiva e indignação, comunicou-se dizendo:

- “Vocês pensam que são bonzinhos? Nós vemos tudo, nenhum de vocês é santo, não!”

Silenciei e orei, aguardando para que descarregasse aquela energia.

Ao observar que eu não retrucava, disse:

- “Você não vai falar nada? Não se acha melhor que nós?

Respondi consultando minha consciência e intuída pelos irmãos amigos que nos assistem no trabalho:

- Realmente não posso me considerar melhor do que nenhum de vocês. Desconheço as circunstancias que os levaram a sofrimentos. Eu mesma, não sou melhor do que você, meu irmão. Tenho inúmeros defeitos e falhas, que busco corrigir e alguns eu sei que não consegui ainda.

Naquele momento, senti as vibrações amorosas dos mentores a envolver-nos, e este espírito irrompeu no pranto.

Disse que já tinha ido a outros locais, onde as pessoas os colocavam como pecadores e inferiores, fazendo preleções.

Observei que todos nós, ou pelo menos a grande maioria dos habitantes deste planeta, estamos em processo evolutivo, experenciando a vivencia de acertos e erros. Não estava ali como juíza, e sim como mais uma alma, também com minhas próprias limitações, para compartilhar e confortar, dentro do possível.

Não sabia o seu nome, seu cargo, de onde estava vindo e nem o que tinha feito, mas sabia que compartilhava com ele de uma humanidade.

Naquele momento, todos nós estávamos ali, com toda disposição e energia para atendê-los. Isso não significava que fora daquelas atividades não tivéssemos problemas, dúvidas, conflitos éticos ou erros. Mas que, naquele momento, estávamos dedicados e dando o melhor de nós mesmos, e que esse melhor era o que desejava para ele, paz no coração e crença no Criador.

Numa atmosfera de empatia, pedi que observasse se eu estava falando a verdade, e ele pegou na minha mão e me observou. Nesse ínterim, apareceu na minha tela mental a imagem de inúmeros espíritos sendo encaminhados e atendidos, adentrando nas instalações da Casa de Caridade espiritual. Esse grupo numeroso era dirigido por aquele espírito que conversava comigo.

Parecia que estavam cansados de lutar, com uma sensação de não-pertencimento, perdidos e sem maiores expectativas.

Esse “irmão”, que já estava mais reconfortado energeticamente, precisava do reconhecimento da sua humanidade. Não me observava mais com desconfiança ou desdém, pois não houve o embate possivelmente esperado por ele.

Aquiescendo ao chamado dos trabalhadores invisíveis despediu-se.

Ao término do atendimento, estávamos, eu e o médium, muito comovidos, pois uma atmosfera de acolhimento, brandura e luminosidade envolvia a todos.

 

Partilho com vocês, este atendimento, onde muito do que foi dito por mim, foi inspirado pelos mentores do trabalho, indicando que o “doutrinador”, palavra um pouco mal-entendida, que poderia ser “partilhante”, é também um médium ativo.

Agradeço à este espírito desconhecido pelo aprendizado, por me lembrar do melhor da minha condição de humana.

 

Muita PAZ para todos nós.

31-08-2011

Facebook Twitter More...