VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (102)
Na maioria das Vivências Mediúnicas passadas, descrevemos muitas partilhas com desencarnados que necessitavam do nosso auxílio do nosso acolhimento.
Na Vivência Mediúnica de hoje descrevemos o que ocorre ao término desta fase do trabalho. Apresentamos outra fase do nosso trabalho mediúnico em que está incluso a comunicação com os nossos “guias espirituais” e mentores da casa.
É uma apresentação que nos faz refletir e observar que, muitas vezes, nos sentimos mais confortáveis com todo o sofrimento da primeira fase do trabalho do que com a oportunidade de sermos orientados e estar em contato com estes seres de luz.
Será que temos dificuldade com o luminoso?
Reflitamos e boa leitura.
VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (102)
Como não temos uma ideia muito clara da extensão dos serviços que ocorrem no denominado mundo espiritual, dimensão paralela ou justaposta à nossa, descrevo hoje outras atividades que desenvolvemos no intercambio mediúnico.
Na maioria dos relatos prévios, descrevi muitas partilhas com desencarnados que necessitavam do nosso auxílio, e hoje conto o que ocorre ao término desta fase do trabalho.
Na segunda fase do trabalho mediúnico, na nossa CACEF, todos os participantes costumam vibrar e orar por esta Instituição que nos acolhe, nas duas dimensões, pelos espíritos que sofrem, física e moralmente, desencarnados e encarnados.
Além disto, trabalhamos também com visualizações e breves cânticos que nos ajudam a direcionar os pensamentos e sentimentos para finalidades únicas, o que auxilia à manutenção de uma psicosfera grupal harmônica.
A importância de um grupo coeso e amoroso é fundamental para o equilíbrio em todas as fases da tarefa.
Costumamos envolver o belo planeta que nos acolhe em energias amorosas e luminosas, visualizando a dispersão de energias deletérias nos locais de baixa densidade vibratória.
Feito isto, criamos uma psicosfera própria para outras comunicações, portanto predispostos ao intercambio com os Trabalhadores Espirituais da Casa, com sua ampla diversidade de tarefas no Mundo Espiritual.
Esta fase, não menos importante que a inicial, nos auxilia no refazimento energético, no equilíbrio dos corpos físico e perispiritual.
Neste momento costumamos receber também a visita dos Amigos queridos, Mestres e Mentores. Alguns nos aplicam passes, outros dão seu depoimento ou sugestões, oram conosco, ou dão breves sinais de sua presença.
Todos os trabalhadores, especialmente os médiuns, têm nesse momento a oportunidade de estreitar sua relação com esses amigos abnegados e invisíveis, que sempre tem algo a nos acrescentar, seja refinando nossas estruturas anatômicas sutis (aparelho mediúnico) e/ou nos intuindo com boas reflexões e palavras sábias.
Observo que alguns médiuns que acolhem tão amorosamente a um espírito sofredor, tem muita dificuldade em receber um hóspede ilustre, uma breve visita luminosa. Esclareço por “luminoso”, qualquer Espírito semeador do Bem, da Paz, das palavras do Mestre Jesus, dentro do seu estágio próprio de desenvolvimento como seareiro do Senhor. E o “ilustre” é aquele mais versado em ética e moralidade, cujo conhecimento específico em tal ou qual área, é acréscimo à sua boa-vontade.
Se não perguntamos ao espírito em atendimento qual sua profissão, função, estado civil, naturalidade, cor, sexo e religião, porque nos preocuparmos com que “roupagem” um Amigo Espiritual nos visita?
Talvez possa atribuir esta limitação auto imposta a muitos séculos de distorções, mitos religiosos e culpas culturais herdadas. Lembro-me daquela famosa frase que ouvia na infância “senhor eu não sou digno de que entreis em minha casa”, o que me deixava muito triste na época.
Deixar o Bem e a Luz entrar na nossa Casa é o que procuramos, e sabotar-se, na maioria das vezes de modo inconsciente, é nos recolhermos à uma insignificância inútil evolutivamente.
A dignidade não deve ser inimiga da humildade, que, por sua vez, também não é subserviência nem indolência.
Particularmente, passei alguns anos com dificuldade em acatar algumas sugestões para um intercambio mais estreito com os meus “professores” espirituais. Mas, depois de algumas “cabeçadas”, só posso agradecer a paciência que me foi dispensada.
Um Amigo Especial, que não gosta muito quando o chamo de Mentor, mas até aceita que me refira a ele como “Mestre”, pois esta palavra se aproxima de “professor”, já me disse mais de uma vez a frase a seguir, muitas vezes em reposta à alguma aflição: - “Pense, reflita e sinta.... respire”.
Continuo com algumas palavras dele:
- “Vocês são muito paradoxais. Dizem querer uma coisa com as palavras saídas da boca, enquanto pensam diferente do que exprimem, e sentem-se de modo diverso.
Pense, reflita e sinta...., quando o seu coração e mente estão alinhados em equilíbrio pacífico, vem a intuição que unifica, e tudo que não for verdadeiro não permanecerá.
Estão numa dimensão de espaço e tempo, pois bem, dê tempo ao seu corpo, respire... dê uma vazão controlada ao que sente....exprima num gesto, numa expiração e respire mais uma vez, e já se passou alguma tempo....agora reflita e veja que você é maior que esse momento....
Se querem iluminação, cabe a vocês mesmos manterem a chama acesa. Desligam a luz e culpam à treva. Procuram fora o que está dentro.
Enganado está quem pensa que pode apagar o Divino contido em toda criação. A “luz” pode ser muito reduzida e até fraca, mas não desaparece.
Como são esquecidos..... vocês não são irmãos, mais novos é claro, d’Ele?
Jesus veio à esta orbe especialmente porque?
Perderia seu tempo e esforço se não soubesse do potencial adormecido em todos vocês! Reconheçam a irmandade cósmica e o AMOR a ti dispensados”.
Nas observações que partilho, pensei à época, se Jesus veio à nossa casa terrestre e ainda é o nosso Governador, é porque temos, nem que seja lá bem no fundo, a dignidade necessária para recebê-lo.
E, portanto, porque não receber a “visita” de todos os Trabalhadores do Senhor, com mais experiência e “juízo” que nós mesmos, nos preparando cada vez mais para encontros salutares e generosos?
Muita PAZ para todos nós.
Francesca Freitas
31-07-2012