VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (113)

18/10/2012 07:24

 

No dia de hoje, continuamos o relato do socorro prestado, na nossa CACEF, à uma comunidade que ainda se via presa a uma antiga mina.

Acompanhem toda a preparação e cuidado cirúrgico para o acolhimento fraterno de seres que buscaram sair do estado em que se encontravam.

Todos nós estamos presos a algumas cavernas, sempre a novos caminhos no horizonte. Não paremos de buscar.

Muita paz para todos.

 

 

VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (113)

  

Dando continuidade ao relatado na semana passada, descrevo a nossa excursão.

Impulsionados a prosseguir, o médium e eu observamos uma pequena passagem por entre escombros da antiga mina.

A equipe socorrista diferia em indumentária e tipo de equipamentos da anterior e, entre eles, haviam alguns seres de estatura muito elevada, de cabelos longos, de um tom ruivo claro ou louro e com os olhos muito brilhantes, vestidos com uma túnica em tom de areia clara ajustada ao corpo. No momento, lembrei de seres da mitologia nórdica, porém eram muito esguios, calmos e silenciosos, parecendo deslizar sobre o caminho. Não havia nenhuma emanação de conteúdo belicoso, nem de medo.

Quando comecei a devanear, devido à curiosidade, fui logo chamada à tarefa, intuída pelo amigo e mentor A. M, que esclareceu serem estes Espíritos amigos de outro planeta, “são apenas colegas de trabalho”, e me disse rindo que as perguntas ficariam para depois.

Fomos guiados por uma luz que piscava, qual um vaga-lume, indicando qual o caminho a ser seguido e depois apagava. Tive a sensação que andamos por alguns quilômetros por entre galerias, passando por locais onde havia algum tipo água ou pequeno rio subterrâneo. O barulhinho eventual de água ou gotejamento eram os únicos e rápidos ruídos perceptíveis, num clima de silêncio respeitoso e de reverencia ao local.  

Poucos minutos se passaram neste trajeto tortuoso, até que ouvimos os sons e palavras de alguma língua desconhecida para nós. Observei que o local ali era diferente do anterior, parecia estar num amplo e complexo sistema de cavernas e, ao olhar para as paredes, o médium descreveu o que pareciam pinturas rupestres. Olhei e vi também figuras de animais primitivos, desenhos de pessoas e símbolos circulares, muitos deles, e com tamanhos diversos. Parecia com o que tinha visto em fotos e filmes sobre cavernas pré-históricas habitadas.

O local estava mais claro, e vi uma antiga porta de pedra, com algumas inscrições. Quando a porta foi deslocada para baixo, vimos toda uma tribo de antigos habitantes do local.

Havia muitas pessoas, a maioria era jovem, crianças e adolescentes, e alguns homens e mulheres mais maduros. Olharam para nós com uma expressão de espanto, porém seguida de contentamento ao verem os amigos de outras dimensões.

Nesse ínterim observei na estranha e bela caverna um poço de água transparente, num tom turquesa muito belo. Curioso é que a água era tão clara que parecia ter uma fonte de luz no fundo.

Essas pessoas estavam sentadas de modo circular ao redor daquele poço, como se estivessem em prece ou vigília. Outros, apoiados nas pedras, pareciam cansados, mas num estado de plena aceitação àquela condição.

Observei-os um pouco, e não tinham um aspecto embrutecido do conhecido homem pré-histórico, tinham pouco ou nenhum pelo no rosto. A maioria tinha as feições delicadas, a pele clara, ou moreno suave, e cabelos acastanhados em grandes ondas. Alguns tinham olhos muito claros, em tons de mel esverdeado. No geral eram seres de bela compleição física, vestidos com peles e tecidos muito rústicos.

Um senhor de longos cabelos brancos, que parecia ser o ancião e chefe daquela tribo, comunicou-se com uma das entidades que nos acompanhava. Era digno da reverência dos demais e exalava determinação.

Naquele momento, simplesmente não conseguia captar o significado do diálogo entre eles, mas sentia a alegria em todos os seres do local. Pareciam que aquele encontro era esperado há milênios, e que estavam como que num estado de "hibernação". 

A sensação no ambiente era de confraternização respeitosa, acompanhada de respirações profundas de alívio, seguidas do riso das crianças. Penso que um "riso de criança" é uma linguagem universal.

Fomos indicando a passagem, com muito cuidado, pois parecia haver certa resistência ou temor ao chamado homem moderno.

As pessoas da tribo se enfileiraram para deixar o local, indicando com gestos outra saída, como um atalho para chegarmos mais rápido à outra entrada da velha mina. Percorremos um caminho de volta bem mais rápido e diferente, como que subindo sem muitas voltas por amplos espaços cavados na pedra.

Visualizei uma grande abertura na rocha, com uma forte luz prata-azulada a adentrar o local por onde sairíamos. Parecia que era dia.  

O médium e eu ficamos neste limite, e os visualizei subindo numa espécie de rampa metálica até um veículo circular e brilhante de grandes dimensões. Sabíamos que aquela etapa de serviço estava encerrada e despedi-me com um breve gesto dos amigos de outras esferas que acompanhavam a equipe da casa. Observei, porém, que uns cinco trabalhadores da nossa esfera também adentraram à nave.

Demos uma pequena volta, poucos passos, e daí me senti novamente na Casa de Caridade.

Continuarei com o tema na próxima semana, partilhando algumas observações do querido Amigo A.M.

 

Muita PAZ para todos nós.

Francesca Freitas

16-10-2012 

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