VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (114)
Na Vivência Mediúnica de hoje, nossa médium relata a sua busca por respostas referentes àquela comunidade que se encontrava presa em uma caverna.
Em desdobramento, após uma palestra, o texto de hoje compartilha as suas percepções, bem como importante lição do seu guia espiritual.
Esperamos que todos tenham um ótimo momento de leitura neste dia.
Muita paz.
VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (114)
Finda a tarefa da noite, retornei a casa com muitas indagações na cabeça. Um atendimento feito em duas partes, o que não é usual, pelo menos para mim, e como “aquele” povo estava a tanto tempo estagnado, pois as inscrições e cavernas pareciam ser de uma era pré-glacial.
Pus-me a elucubrar acerca daquelas pessoas, de onde eram, porque viviam daquele jeito ou melhor, porque ali permaneceram após um desencarne coletivo naquelas cavernas, qual o significado daquilo e etc.
Adormeci disposta a auxiliar com algum serviço na Casa de Caridade durante o desdobramento do sono, e solicitei aos dirigentes do trabalho mais esclarecimentos, se fosse possível.
No dia seguinte acordei com a nítida sensação de ter conversado com o Amigo A.M. e de ter assistido a uma palestra, porém não lembrava seu conteúdo. Ao longo do dia, nos momentos em que a mente ficava com um espaço disponível nos intervalos do trabalho, as lembranças iam surgindo, avivando a memória com trechos de diálogos. Partilho com vocês o que ficou retido na consciência de vigília.
Aquela tribo muito antiga tinha uma tradição, de que após a “morte” reunir iam-se naquela caverna, cujo acesso era apenas permitido, em vida, aos anciões da tribo. Eles eram os “guardiões” do local, e comunicavam-se com os desencarnados da tribo através de cerimônias de evocação. Faziam uma pequena fogueira, cantavam e dançavam próximos à pequena lagoa de água translucida. Tinham muita reverência ao local e àquela água, que sabiam ser um reservatório. Tinham a preocupação de não sujar aquela água, e não jogavam nada lá.
Não faziam sacrifícios humanos, e eram de natureza pacífica. Quando lutavam era para defender sua família ou suas vidas de outras tribos muito mais primitivas e selvagens. Fugiam de confrontos, pois, geralmente, eram logo mortos em embates. Não eram conquistadores, e viviam da colheita de pequenas plantações e da pesca num rio próximo. A caça a animais só era permitida se estivessem em perigo de fome extrema.
Conheciam muito bem as cavernas labirínticas, que tinham para eles um aspecto vital de defesa, pois lá se escondiam das tribos, que por vezes apareciam no vale onde moravam, e de animas maiores que se perdiam ao embrenhar-se nos túneis sinuosos. Além de servirem de habitação, principalmente nos meses de inverno mais rigoroso. Contudo, o acesso àquele local só era permitido aos anciões.
Tinham uma tradição oral, de algum modo perpetuada através das inscrições e desenhos nas paredes, acreditando que, “algum dia” no futuro, seu povo viria encontrá-los e resgatá-los. Os anciões iriam reconhecê-los. Havia uma estranha paciência e resignação no que achavam ser o seu destino. Tinham muito respeito à natureza e admiravam as estrelas, embora temessem a noite não as observando muito, por temor de ataque de animais selvagens ou de inimigos humanos.
Algumas outras impressões sobre o local e o modo de vida da tribo ficaram muito nítidas na minha mente, porém lembro-me bem das considerações do amigo A.M. quando, muito curiosa, continuava a fazer-lhe questionamentos. Aqui seguem trechos das suas “lições”.
“Vocês sabem que há várias dimensões, e que, portanto, o “tempo” não é linear.
Pare, pense, sinta e reflita!
Vocês convivem em várias tribos, de “tempos” diferentes, num amplo espaço planetário.
Há arborígenes, inuits, nômades nos desertos, indígenas e outras diversas cujo tipo de vida não difere muito daquela tribo.
Há as tribos dos homens civilizados, nas comunidades fechadas em sistemas religiosos, a exemplo dos amish, até outras tribos que se digladiam como os hutos e tutsis, para dar exemplos que você conhece.
Há as tribos de jovens cujas vestes e tatuagens os separam em grupos, e nas grandes cidades.
Cuidado para não condenar, e nem cultuar. Observe a aprenda.
Quando está a prestar auxílio, você não pergunta aos companheiros da tarefa se vieram caminhando, de veículo próprio ou coletivo. Se moram perto ou mais longe. Isso não interessa na hora da ajuda.
Findo o trabalho, se houver algum questionamento, ele também será de caráter generoso, para oferecer uma ajuda num transporte, ou simular. Portanto não importa se vão de nave, de carro de trem ou de avião, e eu já lhe falei isto.
Mais importante do que saber de onde vieram e para onde estão indo agora, é fazer sua parte orando, vibrando. Você não irá acompanhá-los ou cuidar deles no momento.
O Universo recebe, magnifica e distribui boas vibrações.
Faça a sua parte e aguarde. Informações desnecessárias não serão prestadas.
Vocês são muito ocupados e objetivos no trabalho do dia-a-dia, natural para uma grande faixa de encarnados. O tempo que depreendem quando em expansão de consciência, desdobramento ou nas atividades mediúnicas, é relevante, porém ainda pequeno.
Trabalhe mais sua “consciência”.
Pense, como acha que dispomos do nosso tempo no cotidiano, com inúmeras tarefas a cumprir, e prazos como vocês também os tem.”
Lembro-me do sorriso que me dirigiu ao despedir-se, pois eu é que fiquei meio que sem graça depois de escutá-lo. Aprendi que devo ter mais cuidado com o tempo do outro, mesmo sendo este outro um Espírito Esclarecido e Amoroso, a quem agradeço a paciência.
Muita Paz para todos nós.
Francesca Freitas
23-10-2012