VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (117)
A Vivência Mediúnica de hoje evidencia que as nossas maiores guerras são travadas, e permanecem, no nosso psiquismo, podendo se prolongar por além do tempo como o conhecemos.
Descrevemos um atendimento a um grupo de guerreiros que revivia a sua guerra a cada novo despertar, a cada novo olhar para frente, construindo, para si mesmo, verdadeira prisão.
Emocionante é termos a certeza de que o resgate está, sempre, a postos do nosso menor sinal de entrega a abandono das nossas “falsas verdades”.
Reflitamos sobre as nossas verdades nos dias atuais.
Muita luz para todos.
VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (117)
Estávamos no decorrer de uma noite de trabalho relativamente tranquila, quando uma intuição, que já tinha apreendido, tornou-se mais forte e prontamente acerquei-me de um determinado médium colaborador da casa, pois foi indicada uma tarefa para realizarmos em conjunto.
Veio uma determinada palavra em uma língua oriental que se repetia por psico audiência. Pedi-lhe que vibrássemos para um determinado grupo de espíritos. O amigo médium, ainda muito consciente, me lembrou que aquela palavra era conhecida e indicava um grupo de “guerreiros” de um determinado país.
Trabalhamos juntos, com períodos breves de desdobramento e conto as minhas impressões.
Via na minha tela mental um grupo de homens fortes com uma vestimenta branca, com algumas amarrações no traje e um turbante também de cor clara, como que preparados para saírem de uma espécie de fortificação em estilo mouro com o seu melhor traje para uma cerimônia. Eram muitos, cerca de trinta ou quarenta. Estavam circunspectos, e, subitamente, saíram em disparada, com cânticos de guerra.
Logo depois, o cenário modificou-se e os via andando a esmo, num local muito desolado, com uma poeira cinza e marrom, montanhas escuras ao fundo e com pouquíssima vegetação, uma espécie de touceira baixa de grama seca esparsa que aparecia de vez em quando. Os observava percorrendo um grande vale, num leito de rio seco. Seus trajes e suas faces já não estavam mais limpos, estava sujos e ensanguentados. Percebi que muitos tinham armas brancas, semelhantes a sabres empunhados, e estavam com o olhar desolado, vazio e cansado.
Percebi que o “comandante” os vigiava. Dizia palavras de encorajamento aos demais, porém eles percorriam grandes distancias e voltavam ao mesmo local, como se não conseguissem sair daquela psicosfera labiríntica. O dirigente, já questionando suas crenças e sua sanidade, afugentava da memória cenas cruéis e tenebrosas de morticínio e batalhas sanguinolentas.
Tive a percepção de que se sentia um “morto-vivo”, desanimado por não encontrar o paraíso idealizado depois da morte, e, por isso, não aceitava, de modo algum, sua nova condição. Participara de uma “guerra-santa”, mas depois de tanto tempo e horrores vivenciados, não havia um refúgio de paz no seu coração e se questionava quanto ao sentido da sua luta, pois parecia que tinha esquecido. O paradoxo das palavras “santo” e guerra, juntas, ressoava na sua consciência.
Para fortalecer-se, voltava ao local e dia inicial da partida do “forte”, revivia e percorria o mesmo caminho trilhado, como uma cena que se repetia indefinidamente.
Tanto o dirigente quanto os seus companheiros, com seus corpos perispirituais repleto de lesões, dormiam como numa espécie de sono-transe, e acordavam naquela condição alienadora.
A oração e o auxílio dos mentores Espirituais foram envolvendo-os.
Vi, na minha tela mental, que o Sr. conversava com uma entidade com trajes brilhantes, no seu dialeto local, pois não tinha ainda condições de captar a linguagem universal telepática.
O cenário então se modificou, parecíamos estar num local de grande altitude, com um ar seco e relativamente frio, porém muito mais agradável que o anterior.
Observei um acampamento socorrista, ainda sendo ampliado. Via o trabalho de montagem de barracas claras, de formato diferente, com muitíssimos espíritos trabalhando nas variadas tarefas.
Havia uma equipe de saúde a postos, com médicos e enfermeiros espirituais a trabalhar no acolhimento e nos procedimentos necessários ao refazimento desses espíritos.
Visualizei o guerreiro, cuja tribo ou organização reservo para evitar preconceitos desnecessários, sendo recebidos no acampamento, ofegantes, alguns se arrastando sozinhos, com o ranço de velho orgulho para não serem transportados ou amparados na sua caminhada.
Concluído o atendimento, dentro das nossas possibilidades, o médium e eu sabíamos que no desdobramento de sono a tarefa iria continuar.
Mais alguns minutos de tarefas outras no atendimento mediúnico e chegamos ao final daquela parte do trabalho, para o refazimento energético necessário a todos. Oramos, vibramos e acolhemos os Espíritos Amigos e Mentores.
Uma médium, acompanhada por uma Trabalhadora Espiritual da nossa querida Casa de Caridade, nos relatou, por psicofonia, a necessidade da colaboração e boa-vontade para atendimento em zona de conflito atual no Oriente Médio, a ser realizado naquela noite, com muitos feridos para serem recolhidos. Uma religiosa trabalhadora da casa nos fez o “convite” e, pouco depois, outra cara médium transmitiu as observações de outro Espírito Amigo, disposto à oferecer sua ajuda e conhecimentos na área de saúde com folhas e ervas, no auxílio aos doentes.
Fiquei encantada com a disposição dos Espíritos ao trabalho, à parceria, entusiasmados para ofertar seus conhecimentos, seus “dons” pessoais, cada um oferecendo suas melhores habilidades disponíveis para servir. Saímos esperançados e mais dispostos.
Quanto aprendemos com o breve convívio com a Espiritualidade Amorosa!
Muita PAZ para todos nós.
Francesca Freitas
13-11-2012