VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (124)

08/04/2013 22:03

 

A proposta de hoje é pensarmos na grande realidade do Amor no Universo. Recebemos tanto auxílio e nas mais das vezes desconhecemos os processos e as Mãos Luminosas que nos ajudam.

A Vivência Mediúnica de hoje evidencia isso, sendo seguida por um trecho do livro “Os Mensageiros”, obra de André Luiz, psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, em 1944.

Boa viagem para todos.

Paz.

 

 

VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (124)

 

Retomo o relatado da semana passada do ponto em que observava os trabalhadores dispostos na Caravana, afastando-se ao longe como se percorressem uma estrada invisível, cercados por uma espécie de halo energético de luminosidade própria. A visão do grupo foi-se atenuando até desaparecer na noite. 

Algo me fez ainda permanecer ali, e observei que já havia estrelas no céu escuro como pequeninos pontinhos brilhantes, distantes. Por breves instantes observei o céu e orei, vagueando meus pensamentos acerca do milagre da criação, dos mundos, das estrelas, dos seres vivos. Mesmo os locais mais desolados recebiam alguma Luz do Criador.

Neste estado de breve devaneio senti a presença de um Amigo espiritual muito querido e nos afastamos a uma distancia moderada daquela paisagem devastada. Paramos, e ele estendeu o braço apontando para o local.

Visualizei a área onde estava a senzala e as casas cercadas por uma espécie de fumaça cinza escura que foi tornando-se cada vez mais enevoada, como se um vento soprasse em varias direções sobre as supostas edificações. Fui esclarecida que era um local construído com matéria mental densa e com formas-pensamento que repetiam cenas de sofrimento criando uma atmosfera de medo e prisão.

Desculpem-me a parca descrição, pois é difícil traduzir com as palavras o que vemos pela primeira, e daí entendo bem a dificuldade dos Espíritos em nos ensinar ou falar sobre tecnologias que ainda não dispomos.

Um grande objeto arredondado e brilhante pairava sobre a área cinza, esfumaçada e turbulenta, e passou a emitir como que raios lasers luminosos que desintegraram a matéria abaixo. Depois do que pareceu para mim apenas alguns poucos segundos, nada mais restou de material no local.

A outrora casa e senzala não mais existiam, havia como que uma vasta clareira vazia, sem névoa. A atenção voltada para o sentido visual reduziu minha percepção acústica, e apenas com uns ruídos que pareciam de um motor suave observei que a “nave” distanciava-se e desapareceu como um pontinho brilhante que se apaga.

Retornei a sala mediúnica com a sensação de um pequeno sacolejo pelo corpo, agradecendo aos Amigos Espirituais a oportunidade de presenciar a aquele trabalho. Refleti então sobre a vastidão dos trabalhos efetuados em outras dimensões para o nosso auxílio, de graus tão complexos quanto diversos.

Aprendi muito, e pensei numa analogia com a nossa dimensão. Após o resgate de pessoas de uma construção nociva e perigosa, isolamos o local para uma demolição. Removemos os escombros e procedemos a limpeza da área.

Pensei na grande realidade do Amor no Universo. Recebemos tanto auxílio e nas mais das vezes desconhecemos os processos e as Mãos Luminosas que nos ajudam.

 

Partilho com vocês trechos selecionados do Cap.XV, intitulado “A viagem” do livro “Os Mensageiros”, obra de André Luiz, psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, em 1944.

“Depois de empregarmos o processo de condução rápida, atravessando imensas distâncias, surgiu uma região menos bela. O firmamento cobrira-se de nuvens espessas e alguma coisa que eu não podia compreender impedia-nos a volitar com facilidade. Aniceto: — Estamos penetrando a esfera de vibrações mais fortes da mente humana. Achamo-nos a grande distância da Crosta; entretanto, já podemos identificar, desde logo, a influenciação mental da Humanidade encarnada.

Grandes lutas desenrolam-se nestes planos e milhares de irmãos abnegados aqui se votam à missão de ensinar e consolar os que sofrem. Em parte alguma escasseia o amparo divino.

Fundamente assombrado, cobrei ânimo e perguntei ao nosso instrutor: - Que dizeis de tudo isto? Ignorava que houvesse tais regiões entre a Crosta e nossa cidade espiritual. À nossa frente, sinto um mundo novo, que me é totalmente desconhecido... Por quem sois, nobre Aniceto, nada vos pergunto por ociosidade, mas estas terras me surpreendem profundamente.

Aniceto, sempre generoso, sorriu docemente e respondeu: - Todo este mundo que vemos é continuação de nossa Terra. Os olhos humanos vêem apenas algumas expressões do vale em que se exercitam para a verdadeira visão espiritual, como nós outros que, observando agora alguma coisa, não estamos igualmente vendo tudo.

Este, André, é um domínio diferente. A percepção humana não consegue apreender senão determinado número de vibrações. Comparando as restritas possibilidades humanas com as grandezas do Universo Infinito, os sentidos físicos são muitíssimo limitados.

O homem recebe reduzido noticiário do mundo que lhe é moradia. É verdade que tem devassado com a sua ciência problemas profundos. A astronomia terrena conhece que o Sol, por medidas aproximadas, é 1.300.000 vezes maior que a Terra e que a estrela Capela é 5.800 vezes maior que o nosso Sol; ... sonda os milhões de sóis aglomerados na Via-Láctea; conhece as estrelas variáveis, as nebulosas espirituais e difusas. E não param as observações humanas na grandeza ilimitada do Macrocosmo.

A Ciência vai, igualmente aos círculos atômicos, analisa a materialização da energia, o movimento dos elétrons, estuda o bombardeio de átomos e esquadrilha corpúsculos diversos. Mas todo esse trabalho com a colaboração das lunetas de alta potência e dos geradores de milhões de voltagem, ainda é serviço que apenas identifica os aspectos exteriores da vida.

Há, porém, André, outros mundos sutis, dentro dos mundos grosseiros; maravilhosas esferas que se interpenetram o olho humano sofre várias limitações e todas as lentes físicas reunidas não conseguiriam surpreender o campo da alma, que exige o desenvolvimento das faculdades espirituais para tornar perceptível.

A eletricidade e o magnetismo são duas correntes poderosas que começam a descortinar aos nossos irmãos encarnados alguma coisa dos infinitos potenciais do invisível, mas ainda é cedo para cogitarmos de êxito completo.

Somente ao homem de sentidos espirituais desenvolvidos é possível revelar alguns pormenores das paisagens sob nossos olhos. A maioria das criaturas ligadas à Crosta não entende estas verdades, senão após perderem os laços físicos mais grosseiros.

É da lei, que não devemos ver senão o que possamos observar com proveito.”

 

 

Muita Paz para todos nós.

Francesca Freitas

09-04-12

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