VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (132)
A Vivência Mediúnica de hoje, retorna o contato com o irmão da nossa última vivência.
Acompanhem um relato que nos toca, principalmente, sobre o tema da misericórdia divina, algum ainda desconhecido para todos nós, mas que anuncia a grandiosidade do amor de Deus por cada um dos seus filhos.
Esperamos que todos gostem.
Muita paz.
VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (132)
Nos dias que sucederam ao encontro relatado na Vivencia Mediúnica passada, tive a oportunidade de sentir a energia do Irmão por breves momentos no cotidiano, como uma silenciosa e furtiva presença perscrutadora.
Lembrava-se da nossa conversa, e me esforçava para ser mais paciente e cuidadosa nos meus pensamentos, redobrando a vigilância e consequentemente orando com mais frequência, principalmente para minha própria melhora e harmonia.
Vivi algumas situações que me irritaram e que possivelmente tivessem outro desfecho, caso não estivesse tão atenta às minhas próprias emoções. Partilho esta experiência pessoal porque foi um aprendizado muito útil, provocador de um profundo diálogo interno, além de atentar para a frequente companhia de desencarnados nos ambientes em que vivemos, nem sempre simpáticos ou amigos.
Alguns dias depois, nos encontramos no desdobramento do sono. Estava numa sala que parecia uma instalação de isolamento hospitalar, num leito.
Lembro-me de trechos deste encontro, onde referiu ter comedido erros semelhantes por diversas ocasiões. Possuía uma liderança nata e era determinado, organizado e paciente, o que o levara a ocupar um lugar de destaque em organizações, tanto políticas quanto criminosas, até chegar aos maiores cargos possíveis.
Conquistou terras, posses e dinheiro, e a qualquer preço. Tudo valia para atingir seus desejos, desde maldades, torturas, mentiras e mortes.
Não conquistou afetos duradouros, nem sinceras amizades, pois além de não serem suas metas, não tolerava críticas. Cabia num local privilegiado da sua mente a frase “os sentimentos são para os fracos, os fortes tem objetivos”.
Como a maioria dos “poderosos”, também não confiava em praticamente ninguém, temendo perder seu posto para alguém semelhante. Pareceu ser este o critério de seleção utilizado no suposto exército, formado por espíritos fracos de caráter, ignorantes e débeis. Controlava-os impiedosamente dos umbrais mais densos.
Dificultado o processo reencarnatório, sabia estar alijado em zonas abissais. Inteligente e razoavelmente culto, era daí que urdia tramas manipulando seus asseclas. E cada vez mais isolado, sentia-se um vencedor vazio e solitário.
Com o decurso do tempo suas motivações foram esvanecendo-se, exceto a raiva pelo Jesus, o Cristo. Fez uma série de perguntas-comentários do tipo: Como Ele podia ter tanta paz depois do que fizeram com Ele? Como Ele tolerou tanta traição? Como Ele poderia ser Feliz? Se Ele era Verdadeiro como Ele deixava falarem em Seu Nome tantas mentiras?
Tinha conquistado tudo de material que quis, porém não conquistara o que Jesus e seus Filhos da Luz representavam de verdade. Daí perseguia a todos que podia alcançar que falavam ou agiam em Seu nome, ainda que fosse para testá-los. Se fossem verdadeiros e não hipócritas, resistiriam.
Nem a motivação de perseguir os soldados do Crucificado livrou-no da solidão, da tristeza indescritível que tentava menosprezar, e entrou num processo de desprezo pela humanidade e por si mesmo.
Não disse a palavra “sofrimento”, mas foi neste estado que, literalmente do fundo do poço, pode ser sensibilizado pela Misericórdia Divina, pois lhe foi permitido entrar numa Casa de Caridade e Fraternidade, em contato mediúnico.
Percebi o imenso confronto consigo mesmo, era a consciência dos seus atos vindo à tona. Disse que tinha conhecimento de que aqui na Terra o processo de voltar à carne seria difícil e doloroso, mas que não temia a dor e que estava disposto a responsabilizar-se. Levando a mão à cabeça disforme, parecia estar com intensa crise de dor na cabeça.
Foi informado do seu deslocamento para outro orbe, dispôs-se a fazê-lo e deixando-se acompanhar de muitos dos seus “soldados”, espíritos quase imbecilizados.
Na última vez que o vi, estávamos numa espécie de acampamento, nas proximidades de construções anexas ao Posto de Socorro da Cacef, que incluíam uma área de embarque e desembarque, semelhante a um aeroporto de tecnologia muito avançada. Havia muitos conhecidos no trabalho, e um Amigo de outros orbes estava presente.
Este Espírito estava numa espécie de cela envidraçada, envolta em vapores, respirava estertorosamente, com algumas bandagens e curativos no seu corpo espiritual de aspecto embrutecido. Havia vários “fios” de cores diferentes entre seu corpo e aparelhos no pequeno ambiente. Estava ora sonolento, ora como se tivesse rápidas convulsões seguidas de um transe profundo.
Fui esclarecida que ele estava passando por um processo de transição e adaptação para ser levado a outro planeta mais adequado ao seu desenvolvimento. Iria com outros espíritos, com os quais tinha assumidos graves responsabilidades, principalmente de indução ao mal. Nesta outra orbe a atmosfera tinha diferente composição química, e por isso já experimentava um processo respiratório peculiar.
Perguntei por que estava passando por este processo logo e aqui mesmo, no nosso mundo, e me disseram que muitos Espíritos já saem com alguma preparação reencarnatória, com o perispírito mais adaptado, quando também dispostos a encarnar com brevidade.
Desejei-lhe muita paz, serenidade e que a semente do Amor de Jesus estivesse plantada no seu coração. Um dia ela germinaria.
Muita PAZ para todos nós.
Francesca Freitas
27/05/2013