VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (92)
A Vivência Mediúnica de hoje nos informa que, em muitos casos, e com a persistência em um estágio de degradação, o espírito entra numa espécie de inconsciência de si mesmo, que pode durar muito tempo, como que estacionado evolutivamente.
O vigiai e orai é extremamente relevante para não esquecermos que somos filhos de Deus, seres de luz que estão destinados a construir o belo, o puro, confrontando, e não ignorando, os nossos sentimentos derivados do egoísmo, como o medo.
Portanto vigiemos e oremos por nossa eterna regeneração e evolução.
Muita paz.
VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (92)
Relato hoje a visita feita ao “posto de socorro itinerante”, relacionado ao atendimento de um grupo de espíritos com sérias deformidades perispirituais. Nas Vivências Mediúnicas 79 e 80 descrevi o atendimento a seres em estado de zoantropia e o transporte de alguns deles a uma instalação socorrista em área umbralina de transição.
Há poucas semanas atrás, o médium com quem trabalhara antes, me sinalizou que iríamos retornar à enorme caverna.
Oramos e nos preparamos para adentrar ao local, já menos denso que no atendimento anterior, e observei que todo o entorno do local estava, agora, com uma espécie de cerca de proteção, parecendo uma espécie de rede eletrificada que o isolava de algum ataque.
Fomos recebidos pelos trabalhadores espirituais, incluindo alguns dos amigos de outras esferas, com artefatos de tecnologia muito diferente, à minha visão.
A “caverna” tinha um aspecto diverso e, após uma descida breve, adentramos no amplo espaço abobadado, já mais iluminado, embora com tons tênues entre o verde e turquesa. Os seres que lá habitavam ainda não suportavam uma luz mais forte.
Observei, por analogia, que parecia uma espécie de mina abandonada, com inúmeros túneis, porém com muitos artefatos de tecnologia avançada já montados. Haviam escadas e esteiras móveis de um material similar a alumínio, do cinza ao cobre.
Chegamos logo após a abertura de mais um dos túneis e senti que descemos como que num elevador, quando há uma diferença de pressão. Recebemos a “roupagem” de segurança e as “esferas de metal” foram lançadas, soltando uma espécie de gás luminoso para dispersar os eflúvios densos.
Estávamos, eu e o médium, enfileirados com muitos outros trabalhadores espirituais e com seres que pressuponho serem elementais, que trabalhavam nesta faixa vibratória. Eles iam à frente e colocavam, cuidadosamente, no chão escuro e viscoso, luminárias, que tinham a forma de estacas com uma lâmpada que ia clareando o caminho.
Paramos num local que parecia um salão de pedra escura e, subitamente, o médium me indicou a olhar as paredes, pois tinha visto os “seres petrificados”. Parecia que visualizava criaturas saídas dos livros de paleontologia, porém com dimensões mais reduzidas. O relevante era que esses estranhos seres tinham algo de vida e de humanidade, mesmo que rudimentar.
Queríamos disfarçar a surpresa que as imagens revelavam, e os orientadores nos indicaram a manter a vibração, contendo a curiosidade. Oramos e fomos envolvendo aquelas criaturas numa atmosfera de amorosidade, a partir do chacra cardíaco.
Um instrutor da missão de resgate nos orientou como proceder para auxiliá-los, principalmente no desdobramento do sono naquela noite. Em seguida retornamos pelo mesmo caminho e observei-me na sala mediúnica novamente. Um pouco surpresos, o médium e eu, rogamos à Misericórdia Divina pelos irmãos naquele estado “embrutecido”, na falta de termo mais adequado.
Do trabalho em desdobramento, feito em mais outras noites não consecutivas, partilho hoje algumas lembranças.
Recordo de um ser envolto em algo semitransparente como um âmbar escurecido, que, com a ferramenta adequada, como uma furadeira que emitia um raio cortante, foi retirado naquele envoltório da parede de pedra bruta e negra. Daí passava para um artefato com forma de banheira onde era embebido com um líquido que dissolvia o revestimento do “âmbar”.
O ser estava muito frágil e tínhamos que pegá-lo com extremo cuidado, com luvas grandes e diferentes (bem macias), para colocá-lo em outra maca-cápsula, com uma espécie de gelatina e atmosfera controlada. Parecia uma incubadora para prematuros de um hospital bem equipado.
Senti que fiquei muito alegre ao observar aquele ser como um recém-nascido, recebendo o cuidado devido.
Naquela forma tão grotesca, havia um espírito que estacionou na sua jornada evolutiva, identificado com os elementos mais arcaicos do planeta, os minerais e os animais pré-históricos, principalmente os primeiros.
Lembro-me ainda de estar numa enfermaria, no serviço de transporte e de doação de energia, já no posto de socorro transitório, a observá-los. Alguns respiravam fracamente, outros abriam os grandes olhos vazios e tristes, porém já com aquelas formas embrionárias básicas que vemos nos livros de biologia ou medicina.
Ao lado das “incubadoras” se postavam nobres trabalhadoras-enfermeiras espirituais que aplicavam passes magnéticos ricos em amorosidade, num trabalho incessante, revezando-se abnegadas. Pareciam as mães que cuidam os filhinhos que, por vezes, sobrevivem apenas pouco tempo nas UTIs neonatais, cheias de carinho, contudo sem o apego saudoso, pois, mais preparadas, sabem da imortalidade do Espírito.
Nesta breve nota, para esclarecer ou relembrar aos leitores, indico o livro “Nos Domínios da Mediunidade”, em que André Luiz é esclarecido por Gúbio nos casos de zoantropia e ovoidização. Explica que, ambos, são modificações perispirituais que refletem a aparência do Espírito.
Como o perispírito é composto de uma “matéria” mais plástica e moldável, pode ser manipulado pelo pensamento, dando-lhe a forma que desejar consciente ou inconscientemente.
Na zoantropia o Espírito, pela inferioridade no padrão dos pensamentos, de modo insistente e prolongado, degrada sua aparência perispirítica até ficar com uma configuração disforme e/ou muito similar a uma forma animal. Pode, ainda, decorrer de influência hipnótica exercida por outro espírito de intelectualidade superior, contudo inferior moralmente.
Em muitos casos, e com a persistência neste estágio de degradação, o espírito entra numa espécie de inconsciência de si mesmo, que pode durar muito tempo, como que estacionado evolutivamente. Esqueceram que são filhos de Deus.
Essa enriquecedora experiência, que partilho com vocês leitores, me reafirma o poder do Amor Maior, da Misericórdia Divina em ação a acolher a todos os filhos do Criador.
Continuarei com mais algumas observações colhidas, procurando relacioná-las com os alguns temas das ciências biológicas atuais, na próxima semana.
Muita PAZ para todos nós!
Francesca Freitas
15-05-2012