VIVENCIAS MEDIÚNICAS (11)

02/10/2010 10:15

 

Primeiramente, gostaria de pedir desculpas pelos dois dias sem nenhuma postagem no nosso Momento de Luz. O servidor onde estava hospedado o site teve problemas nestes dois, oportunidade em publico a resposta destes?

Olá Gabriel,

Existe um problema com webnode.com.br domínio - que está temporariamente bloqueado e não funciona para os nossos usuários. Estamos resolvendo isso agora e você deve ter notado aumento da quantidade de reclamações nos serviços de suporte. O domínio deve voltar em breve.

Eu com conhecimento pois isso já ocorreu antes tenho plena certeza que nenhum site perdeu conteudos. Porem então não temos uma hora prevista para que volte. Pode ser dentro de 5 Minutos ou 15 horas é incerto por não ser problema por parte Webnode e por esse motivo não irei dar prazos.

Peço desculpa a todos por esse grande problema.

 

Bem, relatado o problema e feito as desculpas, não podemos deixar o nosso Momento parar. Como paramos na quinta-feira, é com o tema dela que devemos voltar a postar. E assim continuar.

Pois bem, dia de quinta é dia de Vivências Mediúnicas. Na semana passada falamos das nuances do relacionamento que aprisiona, do “amor” que sufoca, do controle. Hoje falaremos sobre alguns aspectos do nosso “olhar”, da perspectiva de mundo que temos, e do reflexo dessa visão pessoal, da autoimagem.

Espero que todos gostem.

 

VIVENCIAS MEDIÚNICAS (11)

 

Há uma linha tênue entre o cuidado amoroso e respeitoso, e a preocupação obsessiva, e terminarei pelos questionamentos quanto à nossa posição pessoal quando nos colocamos como figura de oprimido ou de opressor. Em muitas ocasiões da nossa vida, podemos exercer um desses papéis sem que nos apercebamos disso.

Ao analisar o comportamento do opressor, tão agarrado às convicções pessoais e às próprias experiências como as certas e definitivas, divago hoje com vocês leitores acerca do tema. Estar nessa condição gera sofrimento, e a compreensão é um passo para o compadecimento, que muitas vezes inicia uma percepção amorosa sobre o outro.

Nos momentos de crise, quando deslocamos nossa energia emocional para um foco único, e, principalmente, se permanecemos muito tempo investindo nesse ideal, não “enxergamos” o nosso entorno.

A energia condensada e enraizada embota a razão lúcida e se não for dispersada, vai formando um “complexo” energético que funciona como uma lente distorcida da realidade. Como se olhássemos o mundo que nos cerca apenas por uma única via perceptiva, e como se essa via sensorial fosse um vidro embaçado, ou um óculos com lente suja. Com o tempo nos adaptamos a essa lente, e o “mundo” é  visto com mais ou menos manchinhas, através de lacunas nítidas ou de imagens distorcidas. A interpretação é comprometida e os velhos hábitos são difíceis de serem modificados.

Se não fizermos a limpeza das lentes, não podemos caminhar com segurança, daí muitos confrontos com outros seres de lentes pouco nítidas. A marcha evolutiva nos coloca em frente a “espelhos”: momentos de confronto com pessoas com visões que divergem da nossa e que nos incomodam muito. Caso não houvesse ali um encontro de “sombras”, não haveria uma sintonia, ainda que pesada. Porque essa visão que o outro tem me incomoda tanto?

Quando me percebo nessa situação vejo que está na hora de limpar minhas lentes emocionais, reavaliando sentimentos e conceitos. E parafraseando o educador Rubem Alves posso educar o meu olhar. São os meus “óculos” que precisam de um reajuste, e não cabe a mim limpar a lente do outro ou apontar o cisco do olho alheio. 

Todos teremos o nosso tempo e vamos assim evoluindo. Novos confrontos, emoções complexas e manchas surgem. Vamos resolvê-las, de modo pacífico ou conflituoso, o que depende de cada um de nós no processo de crescimento e aprendizagem, com o errar, visualizar o erro, consertar, corrigir e ir em frente.  

Temos na Doutrina Espírita um exemplo de diversidade e respeito exemplares. Na construção do livro inicial de Allan Kardec, evidenciamos seu propósito educador em “O Livro dos Espíritos”, observando quantos espíritos foram ouvidos, com formações acadêmicas, sociais e religiosas diversas. Porém em todos, em uníssono, a Amorosidade, Caridade, a Esperança e a vontade de partilhar, de aprender com uma Fé cada vez mais esclarecida.

 

Segue uma citação de Rubem Alves:

“ Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado
.”

 

Que possamos voar mais livres e conscientes, e que cada queda nos fortaleça.

 

Muita PAZ para todos nós.

 

Francesca Freitas

29-09-2010

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